ATA DA SEGUNDA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 21-12-2005.

 


Aos vinte e um dias do mês de dezembro do ano de dois mil e cinco, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às treze horas e cinqüenta e um minutos, foi realizada a chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, DJ Cassiá Gomes, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Manuela d'Ávila, Maria Celeste, Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Nilo Santos, Paulo Odone, Professor Garcia, Raul Carrion, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Almerindo Filho, Gerson Almeida, Luiz Braz, Mario Fraga, Maristela Maffei, Nereu D'Avila e Neuza Canabarro. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 22 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 033/05, por nove votos SIM e dezessete votos NÃO, após ser encaminhada à votação pelos Vereadores Carlos Comassetto, Paulo Odone, Raul Carrion e João Antonio Dib, em votação nominal solicitada pelo Vereador Elói Guimarães, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Gerson Almeida, José Ismael Heinen, Manuela d'Ávila, Maria Celeste e Raul Carrion e Não os Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Mario Fraga, Mônica Leal, Paulo Odone, Professor Garcia, Sebastião Melo e Valdir Caetano. Na ocasião, os trabalhos estiveram suspensos das quatorze horas e dois minutos às quatorze horas e três minutos, nos termos regimentais. Na oportunidade, o Vereador Carlos Comassetto manifestou-se acerca da possibilidade de apresentação de Declaração de Voto referente à votação da Emenda nº 22 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 033/05, tendo o Senhor Presidente prestado esclarecimentos sobre o assunto. Foi votada destacadamente e aprovada, com ressalva do destaque a ela aposto, a Emenda nº 23 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 033/05, após ser encaminhada à votação pelos Vereadores Raul Carrion e Gerson Almeida. Foi votado destacadamente e rejeitado o § único do artigo proposto pela Emenda nº 23 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 033/05, por sete votos SIM e vinte votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Raul Carrion, tendo votado Sim os Vereadores Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Gerson Almeida, Manuela d'Ávila, Maria Celeste, Raul Carrion e Sofia Cavedon e Não os Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, DJ Cassiá Gomes, Dr. Goulart, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Mario Fraga, Mônica Leal, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia e Sebastião Melo. Na oportunidade, os Vereadores Carlos Comassetto e Professor Garcia manifestaram-se acerca da apresentação de Declaração de Voto relativa à votação da Emenda nº 22 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 033/05, tendo o Senhor Presidente prestado esclarecimentos sobre o assunto. Após, foi votada destacadamente e aprovada a Emenda nº 24 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 033/05. Foi rejeitada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 033/05, por oito votos SIM e vinte votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Elói Guimarães, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Gerson Almeida, Manuela d'Ávila, Maria Celeste, Raul Carrion e Sofia Cavedon e Não os Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, DJ Cassiá Gomes, Dr. Goulart, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Mario Fraga, Mônica Leal, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia e Sebastião Melo. Foi rejeitada a Emenda nº 03 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 033/05, por oito votos SIM e dezoito votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Elói Guimarães, tendo votado Sim os Vereadores Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Dr. Goulart, Gerson Almeida, Manuela d'Ávila, Maria Celeste, Raul Carrion e Sofia Cavedon e Não os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Mônica Leal, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia e Sebastião Melo e tendo apresentado declaração de voto o Vereador Dr. Goulart. Foi rejeitada a Emenda nº 04 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 033/05, por dois votos SIM, quinze votos NÃO e seis ABSTENÇÕES, tendo votado Sim os Vereadores DJ Cassiá Gomes e Dr. Goulart, Não os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Ervino Besson, Ibsen Pinheiro, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia e Sebastião Melo e optado pela Abstenção os Vereadores Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Gerson Almeida, Manuela d'Ávila, Maria Celeste e Raul Carrion. Foi aprovada a Emenda nº 09 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 033/05. Foi rejeitada a Emenda nº 10 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 033/05, por dez votos SIM e dezenove votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Elói Guimarães, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, DJ Cassiá Gomes, Dr. Goulart, Gerson Almeida, Manuela d'Ávila, Maria Celeste, Raul Carrion e Sofia Cavedon e Não os Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Mario Fraga, Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia e Sebastião Melo. Foi aprovada a Emenda nº 11 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 033/05, por vinte e quatro votos SIM, em votação nominal solicitada pelo Vereador Elói Guimarães, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, DJ Cassiá Gomes, Elias Vidal, Ervino Besson, Gerson Almeida, Ibsen Pinheiro, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Maria Celeste, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia, Raul Carrion, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. Foi rejeitada a Emenda nº 12 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 033/05, por nove votos SIM, vinte votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Elói Guimarães, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, DJ Cassiá Gomes, Gerson Almeida, Manuela d'Ávila, Maria Celeste, Raul Carrion e Sofia Cavedon, Não os Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Mario Fraga, Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia, Sebastião Melo e Valdir Caetano e tendo optado pela Abstenção o Vereador Dr. Goulart. Foi aprovada a Emenda nº 15 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 033/05. Foi aprovada a Emenda nº 20 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 033/05, com ressalva da Subemenda a ela aposta. Foi rejeitada a Subemenda nº 01 à Emenda nº 20 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 033/05, por nove votos SIM e vinte e um votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Elói Guimarães, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, DJ Cassiá Gomes, Dr. Goulart, Manuela d'Ávila, Maria Celeste, Raul Carrion e Sofia Cavedon e Não os Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Mario Fraga, Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia, Sebastião Melo e Valdir Caetano. Às quatorze horas e cinqüenta e oito minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezesseis horas e vinte e dois minutos, constata a existência de quórum. Em continuidade, foi aprovado Requerimento verbal de autoria da Vereadora Clênia Maranhão, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 012/05, com ressalva da Mensagem Retificativa a ele aposta, por vinte e oito votos SIM, após ser encaminhado à votação pela Vereadora Clênia Maranhão e pelos Vereadores Adeli Sell, Raul Carrion, José Ismael Heinen, Claudio Sebenelo, Sebastião Melo e Carlos Todeschini, em votação nominal solicitada pelo Vereador Elói Guimarães, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, DJ Cassiá Gomes, Dr. Goulart, Elias Vidal, Ervino Besson, Gerson Almeida, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, José Ismael Heinen, Manuela d'Ávila, Maria Celeste, Maristela Meneghetti, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Nilo Santos, Paulo Odone, Professor Garcia, Raul Carrion, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. Na ocasião, em face de Questão de Ordem formulada pelo Vereador Sebastião Melo, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca do encaminhamento à votação do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 012/05. Foi aprovada a Mensagem Retificativa nº 01 aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 012/05, por vinte e oito votos SIM, em votação nominal solicitada pelo Vereador Elói Guimarães, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, DJ Cassiá Gomes, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Gerson Almeida, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Maria Celeste, Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Nilo Santos, Paulo Odone, Professor Garcia, Raul Carrion, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. A seguir, o Vereador Carlos Todeschini procedeu à entrega de Requerimento de autoria da Bancada do PT, indeferido pelo Senhor Presidente, solicitando a devolução ao Governo Municipal do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 005/05, tendo se manifestado a respeito os Vereadores Ibsen Pinheiro, Adeli Sell, Claudio Sebenelo, Paulo Odone, Raul Carrion e Carlos Todeschini. Ainda, em face de Questões de Ordem formuladas pelos Vereadores Adeli Sell e Claudio Sebenelo, o Senhor Presidente prestou informações acerca da regimentalidade das manifestações efetuadas por Vereadores da Casa, relativas ao Requerimento de autoria da Bancada do PT, de devolução ao autor do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 005/05. Também, a Vereadora Maria Celeste formulou Requerimento verbal, indeferido pelo Senhor Presidente, solicitando que o Plenário deste Legislativo se manifestasse quanto a esse Requerimento. Na oportunidade, a Vereadora Sofia Cavedon apresentou, verbalmente, o Recurso previsto no artigo 99 do Regimento, contra decisão tomada pelo Senhor Presidente, que indeferiu o Requerimento de autoria da Bancada do PT, de devolução ao autor do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 005/05, tendo o Senhor Presidente determinado que o referido Recurso fosse formalizado por escrito e informado que o mesmo não teria efeito suspensivo e tendo se manifestado a respeito a Vereadora Sofia Cavedon e o Vereador Nereu D’Avila. Após, foi apregoado Requerimento de autoria da Vereadora Sofia Cavedon, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando a retirada de tramitação da Emenda nº 02 aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 005/05 (Processo nº 5455/05). Ainda, o Vereador Carlos Todeschini formulou Requerimento verbal, indeferido pelo Senhor Presidente, solicitando a suspensão desta Sessão para nova análise da Comissão de Constituição e Justiça quanto à constitucionalidade do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 005/05, tendo se manifestado a respeito os Vereadores Carlos Todeschini, Sofia Cavedon e Raul Carrion. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 005/05, o qual, após ser discutido pelos Vereadores Carlos Comassetto, Carlos Todeschini e Ervino Besson e pela Vereadora Clênia Maranhão, teve sua discussão adiada por duas Sessões, a Requerimento, de autoria do Vereador João Antonio Dib, aprovado por dezessete votos SIM e onze votos NÃO, após ser encaminhado à votação pela Vereadora Sofia Cavedon e pelos Vereadores Raul Carrion e Luiz Braz, em votação nominal solicitada pelo Vereador Elói Guimarães, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, DJ Cassiá Gomes, Dr. Goulart, Gerson Almeida, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Manuela d'Ávila, Maria Celeste, Maristela Meneghetti, Neuza Canabarro, Raul Carrion, Sebastião Melo e Sofia Cavedon e Não os Vereadores Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Ervino Besson, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Nilo Santos, Paulo Odone e Valdir Caetano. Na oportunidade, o Vereador Paulo Odone formulou Requerimento verbal, solicitando a retirada de termos constantes no pronunciamento do Vereador Carlos Comassetto, durante a discussão do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 005/05, tendo o Senhor Presidente solicitado cópias das notas taquigráficas do pronunciamento referido, para posterior deliberação. Em prosseguimento, foram apregoadas as seguintes Emendas à Mensagem Retificativa nº 01 aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 013/05 (Processo nº 6944/05): de nos 01 e 02, de autoria Vereadora Sofia Cavedon e do Vereador Carlos Todeschini, respectivamente Vice-Líder e Líder da Bancada do PT; de nº 03, de autoria das Vereadoras Sofia Cavedon e Manuela d’Ávila, respectivamente Vice-Líder da Bancada do PT e Líder da Bancada do PCdoB; de nº 04, de autoria da Vereadora Clênia Maranhão, Líder da Bancada do PPS; de nº 05, de autoria do Vereador João Antonio Dib, Líder da Bancada do PP, e da Vereadora Mônica Leal; de nº 06, de autoria dos Vereadores Sofia Cavedon, Vice-Líder da Bancada do PT, João Antonio Dib, Líder da Bancada do PP, e Mônica Leal; de nº 07, de autoria da Vereadora Clênia Maranhão, Líder da Bancada do PPS. Ainda, foi aprovado Requerimento de autoria da Vereadora Clênia Maranhão, solicitando que as Emendas nos 01, 02, 03, 04, 05 e 06 apostas à Mensagem Retificativa nº 01 ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 013/05 (Processo nº 6944/05), fossem dispensadas do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Também, foi aprovado Requerimento verbal de autoria da Vereadora Sofia Cavedon, solicitando a votação conjunta das Emendas apostas à Mensagem Retificativa nº 01 ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 013/05, tendo se manifestado a respeito a Vereadora Sofia Cavedon e o Vereador Professor Garcia. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 013/05, com ressalva da Mensagem Retificativa e das Emendas a ele apostas, por vinte e oito votos SIM, após ser discutido pelos Vereadores Adeli Sell, Carlos Comassetto, Claudio Sebenelo, Ervino Besson e pelas Vereadoras Maria Celeste e Manuela d’Ávila e encaminhado à votação pelas Vereadoras Sofia Cavedon e Clênia Maranhão, em votação nominal solicitada pelo Vereador Elói Guimarães, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, DJ Cassiá Gomes, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Maria Celeste, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Nilo Santos, Paulo Odone, Professor Garcia, Raul Carrion, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. Foi aprovada a Mensagem Retificativa nº 01 aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 013/05. Foram votadas conjuntamente e aprovadas as Emendas nos 02, 03, 04, 05, 06 e 07 apostas à Mensagem Retificativa nº 01 ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 013/05. Após, o Vereador João Antonio Dib manifestou-se, solicitando que a Sessão Extraordinária de renúncia e eleição aos cargos da Mesa Diretora deste Legislativo e de eleição da Segunda Comissão Representativa e das presidências das Comissões Permanentes da Casa seja realizada no dia dois de janeiro do corrente. Às dezenove horas e vinte e dois minutos, nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos da presente Sessão e da Terceira Sessão Legislativa Extraordinária, convocando os Senhores Vereadores Titulares para a Reunião Ordinária de amanhã, à hora regimental, e os Senhores Vereadores para a Quarta Sessão Legislativa Extraordinária, a ser realizada no dia dois de janeiro do corrente. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador Elói Guimarães e secretariados pelo Vereador Nereu D’Avila. Do que eu, Nereu D’Avila, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após aprovada pela Mesa Diretora, nos termos do artigo 149 do Regimento, será assinada pela maioria dos seus integrantes.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 6960/05 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 033/05, que cria os Centros Populares de Compras no Município de Porto Alegre e dá outras providências. Com Emendas nos. 01 a 19. Com Subemendas nos. 01 às Emendas nos. 10 e 12. Urgência.

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ, CEFOR, CUTHAB, CECE, CEDECONDH e COSMAM. Relator-Geral   Ver. Paulo Odone: pela aprovação do Projeto e das Emendas nos. 03, 05, 09, 11, 15, e 16 e pela rejeição das Emendas nos. 01, 02, 04, 06, 07, 08, 10, 12, 13, 14, 17, 18 e 19 e das Subemendas nos. 01 às Emendas nos. 10 e 12.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 21-12-05.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação a Emenda nº 22 ao PLE n° 033/05, destacada. O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; prezados colegas Vereadores e Vereadoras, estamos chegando ao final do ano com uma discussão, com tranqüilidade, construindo projetos que possam ser não só significativos, mas cada vez mais corretos para a construção da Cidade. É verdade, Ver. Paulo Odone, já temos acordo aqui, mas preciso ratificar a Emenda que fizemos que apresenta a descentralização dos Centros de Economia Popular em Porto Alegre. A Emenda que apresentamos é para que, caso seja construído esse equipamento público, que não seja pensado somente no Centro, mas em toda a Cidade.

Nós já aprovamos, este ano, aqui nesta Casa, Emenda de nossa autoria, que já está no Orçamento do Município, que contempla, entre outros, o Centro de Construção da Economia Popular da Restinga. Trago isso, porque é significativo. E esta é a razão de nós usarmos a tribuna, em nome da Frente Popular, do Partido dos Trabalhadores, porque esse já foi um acordo da oposição na votação do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e do Orçamento municipal, inclusive já destinando 100 mil reais para esse equipamento, Seu Chico. E o senhor sabe que este não é um tema de hoje. Nós já discutimos no Orçamento Participativo, e queremos, Secretário Cecchin, que, se o Centro da Economia Popular no Centro da Cidade for o primeiro, o da Restinga seja o segundo a ser discutido. E vamos discutir o Ruben Berta, o Assis Brasil e assim sucessivamente, porque defendemos a Cidade descentralizada. Não vamos concentrar todas as demandas no Centro. Nós sabemos que resolver o problema do Centro ou construir uma política para o Centro não basta. Nós temos que pensar a Cidade na globalidade, porque se nós retirarmos esses comerciantes populares que estão na rua para um projeto melhor e deixarmos isso sem uma política total, no outro dia esses espaços serão tomados novamente. E o que nós queremos é que a Cidade se descentralize, que todos os bairros sejam contemplados com a mesma política. Portanto, a Emenda é muito clara, Ver. Paulo Odone: que o Centro de Economia Popular aconteça no Centro da Cidade e nos centros dos bairros, contemplando a diversidade de nossa Cidade e também aqueles pequenos comerciantes que lá estão instalados, para que eles sejam reconhecidos na política da Cidade. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Paulo Odone está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 22 ao PLE nº 033/05.

 

O SR. PAULO ODONE: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Ver. Comassetto, realmente esta Emenda é muito clara, e eu pediria que os colegas prestassem atenção: cada Centro Popular será instalado no Centro, ou no centro de bairros. Ora, Ver. Comassetto, eu vou-lhe dizer uma coisa: eu não conheço Emenda tão inócua. Isso é óbvio - e lá, ou aqui. É óbvio que ninguém quer colocar um Centro Popular no meio do deserto, ou onde não haja fluxo de pessoas, ou onde não tenha quem compre. A Emenda é esta (Lê.): “Os Centros Populares de Compras de que trata o § 2º deste artigo serão estabelecidos no bairro Centro” - uma grande novidade para nós sobre o tema, Ver. Adeli Sell – “e nos centros de bairro, buscando manter os comerciantes populares na mesma região em que já desenvolvam as suas atividades.”

Nós dissemos ao Secretário Cecchin: “Se for para contentar o Vereador, não há problema, pode aprovar essa Emenda.” Agora, por favor, nós termos que ouvir discurso, aqui, de que se trata de uma iniciativa de “A” ou “B”... A Frente Popular ficou 16 anos na Prefeitura e não teve a coragem de enfrentar este tema aqui! E a gente tem que fazer um acordo para dizer que podem aprovar esta Emenda. Mas vamos ser civilizados! Ouvir, no microfone, dizerem que isso foi iniciativa não sei de quem... E o Ver. Gerson ainda vem aqui dizer: “Apesar de Emendas que não aprovaram aqui.” Emenda, Ver. Dib, que queria isentar de taxa e contribuição, que, até quanto eu saiba, nem existem! E, se existem, não podem ser feitas dessa maneira!

Então, o Prefeito manda um Projeto, enfrenta a imensa maioria dos comerciantes de rua, dos camelôs - que estão vendo nisso a oportunidade de começarem a resolver os seus problemas, de não serem hostilizados pela população, ou de não se verem envolvidos em briga de repressão com polícia, etc -, estão todos chuleando que a gente aprove isso aqui, e eu tenho que ouvir, desculpem-me, da Bancada do PT, esse tipo de coisa.

Ora, Ver. Comassetto, eu vou-lhe dizer uma coisa: por favor, vir aqui na tribuna defender uma Emenda dessas que não significa nada, que não dá nada aos comerciantes populares, nem à Cidade, e dizer que são as iniciativas da Frente Popular, da Restinga, etc.... Desculpe-me! É por isso que eu vejo a maioria da base do Governo dizendo que vai votar contra essa Emenda! E eu ainda tenho que ouvir isso! Foram 16 anos de omissão, Ver. Gerson, e eu ainda tenho que ouvir, aqui, que não querem aprovar as Emendas...

 

(Manifestações nas galerias.)

 

O SR. PAULO ODONE: Eu peço, Presidente, o respeito....Olha aí. É isso aí. É o terrorismo.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Se for necessário, eu lhe darei mais tempo, Vereador.

 

O SR. PAULO ODONE: Obrigado, Presidente. E isso que eles estão acostumados com a democracia. É terrorismo. Então não estão acostumados ao bom debate também. E o que nós ouvimos aqui, em nome de um acordo que se fez, todos juntos, resultante... Mas, um a um, vir aqui para querer desfazer e desqualificar o Projeto - e a coragem - que veio para esta Casa, mandado pelo Fogaça, porque era compromisso de campanha, para dizer que era autoria da Frente Popular! Ora, Ver. Gerson, mais humildade os seus colegas devem ter, pelo amor de Deus! Ninguém está dizendo que é só nosso, queremos construir em conjunto. Mas com esse tipo de Emenda para dizer isso? Terão os centros que ser no Centro ou nos centros de bairros? Quem sabe vamos botar uma Emenda dizendo que tem que ser lá na periferia, não sei onde? Onde não tem ninguém, onde tem menos densidade demográfica. Pelo amor de Deus! Para isso se viabilizar tem que ser aqui onde tem um grande afluxo de compradores, da população; senão vai falhar, vai frustrar. Todo mundo sabe disso. Isso não se coloca numa Emenda, isso é para enganar trouxa, pelo amor de Deus! Obrigado, Presidente. (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

 

(Manifestações nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Solicito a Segurança da Casa! Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 14h02min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães -14h03min): Estão reabertos os trabalhos.

O Ver. Raul Carrion está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda n.º 22 ao PLE n.º 033/05.

 

O SR. RAUL CARRION: Exmo Ver. Elói Guimarães, demais Vereadores e Vereadoras, todos os que, às 14h10min, acompanham este debate importante para cidade de Porto Alegre. Eu não iria usar da palavra, havia dito ao Ver. Comassetto que ele encaminharia, mas eu me obrigo a vir aqui, nem que seja em desagravo ao Ver. Comassetto. Eu quero dizer que esse Projeto deveria ter vindo com prazo, além de ter passado pelas Pautas normais, e não Pautas formais, deveria ter circulado nas Comissões permanentes, ter Parecer dos Vereadores, ter tempo para Emendas, e nada disso foi feito. Veio para cá ao “apagar das luzes”, para os Vereadores votarem no atropelo e, se dependesse do Governo, sem Emendas e sem discussão. Por isso nós não podemos aceitar que as Emendas de um Vereador, como o Ver. Bernardino, sejam chamadas de Emendas demagógicas e que a Emenda séria do Ver. Comassetto seja chamada de Emenda para idiota! Quem sabe, só o que vem do Governo é inteligente? Só o que vem ao “apagar das luzes” é o que vale? E querem que votem a cabresto. Como nós vemos alguns Vereadores nos dizerem: “Estou com a tua Emenda, Carrion, mas sou obrigado pelo Governo a votar contra!” Isso é correto? Não! O que é correto são Emendas como a do Ver. Comassetto, e eu quero aqui fazer justiça: essa Emenda que o Ver. Comassetto trouxe foi uma idéia discutida lá na CUTHAB, Ver. Mario Fraga, lá na CUTHAB, Ver. Brasinha, Ver. Ismael, quando estava presente o Secretário Idenir Cecchin, que, se tivesse a palavra, diria que lá foi dito o seguinte: “Não adianta fazer só centro de compras no Centro da Cidade.” Primeiro, porque não há lugar para todos; segundo, porque, às vezes, lá no bairro, aquele morador que se desloca todo o dia da Restinga para o Centro de Porto Alegre, Ver. Dib, poderia, lá na Restinga, que é uma outra Cidade, com mais de cem mil habitantes, tendo um centro de compras, estar trabalhando lá com mais facilidade. E o Secretário Cecchin, que está sentado ao lado do Ver. Dib agora, lá na Reunião da CUTHAB, disse: “É uma idéia importante.” Portanto não é idéia idiota, não! É idéia dos Vereadores, senão seria chamar o Secretário Cecchin de idiota; ele não é nenhum idiota, e ele estava lá e concordou! Mais do que isso, o Secretário Cecchin, na manhã de hoje, Ver. Comassetto, concordou com a idéia do nobre Ver. Comassetto. Então, será que o Secretário Idenir Cecchin é um idiota? Vocês acham que ele é algum idiota? Evidentemente que não!

Então, Ver. Odone, eu, além de desagravar o Ver. Comassetto, eu quero desagravar o Secretário Cecchin! Quero desagravar o Ver. Brasinha! Quero desagravar o Ver. Ismael Heinen! Quero desagravar o Ver. Elias Vidal! Quero desagravar o Ver. Mario Fraga! Eles estiveram lá no debate da CUTHAB e aprovaram essa idéia que o Ver. Comassetto deu e transformou em Emenda. Por isso nós votaremos a favor da Emenda, no sentido de que o CPC seja descentralizado. Nós estamos fortalecendo, Ver. Odone, uma idéia que julgamos justa, desde que com emendas adaptadas. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 22 ao PLE nº 033/05.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, em primeiro lugar, eu devo dizer que ninguém vai me dizer como eu vou votar, ninguém vai me dizer! Ninguém vai me fazer mudar de voto. Em segundo lugar, eu não falei em idiota, nem ouvi falar em idiota. Mas seria idiota alguém que pensasse que es camelôs se concentrariam num lugar onde não há grande concentração e grande circulação de pessoas. Portanto, é demagógica, é idiota a proposta. E nós estamos perdendo tempo por isso! Voto contra.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação nominal, solicitada por esta Presidência, a Emenda nº 22 ao PLE nº 033/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 09 votos SIM e 17 votos NÃO.

 

(Por determinação do Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, foi retirada do texto a Declaração de Voto do Ver. Carlos Comassetto.)

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente! Sr. Presidente!

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Eu não lhe dei a palavra! Eu estou falando! Estou falando! Não lhe dei a palavra!

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente! Sr. Presidente!

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Eu solicito que o Ver. Carlos Comassetto entregue a Declaração de Voto. Eu risco dos Anais a intervenção do Ver. Carlos Comassetto por ter transgredido o Regimento. O Regimento manda que a Declaração de Voto se faça por escrito e se entregue à Mesa. Está riscado dos Anais.

 

(Manifestações nas galerias.)

 

O SR. CARLOS COMASSETTO (Requerimento): Que V. Exª risque dos Anais também quando me concedeu a palavra para fazer a Declaração de Voto. Muito obrigado.

 

(Manifestações nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Eu preciso responder a Vossa Excelência. Vossa Excelência não pode utilizar a sua torpeza. Vossa Excelência disse que queria fazer Declaração de Voto. Dei a Declaração de Voto a Vossa Excelência; aí Vossa Excelência faz um discurso e não entrega a Declaração de Voto! Eu não posso adivinhar o pensamento de Vossa Excelência!

 

(Manifestações nas galerias.)

 

Em votação a Emenda n.º 23 ao PLE n.º 033/05, destacada. O Ver. Raul Carrion está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. RAUL CARRION: Exmo Ver. Elói, demais Vereadores, farei um encaminhamento breve. Esta Emenda cria um artigo novo. Foi uma negociação com o Governo, havia uma Emenda anterior no art. 3º, nós transformamos numa Emenda, num artigo a ser renomeado e está o caput e o parágrafo único. Sobre o caput tivemos o acordo do Governo - coloca o seguinte (Lê.): “O Poder Público Municipal poderá firmar contratos de concessão com investidores privados ou públicos para construção e/ou operação dos Centros Populares de Compras”. Chamo a atenção de que com esta Emenda, além das PPPs, que eram previstas, também é possível, por exemplo, uma parceria com a Caixa Econômica Federal, ou seja, uma parceria público-pública. No parágrafo único, não está havendo concordância do Governo. Nós dizemos que fica vedada a participação de um mesmo investidor privado em mais de um Centro Popular de Compras. Então vai ser votada a Emenda com o destaque do parágrafo. Certo?

Ver. Sebastião, eu queria só fazer uma ponderação, claro, para todos os Vereadores, sobre este parágrafo que, em tese, o Governo votará contra. Qual foi o argumento? O argumento é que, nós dizermos que um mesmo investidor não poderia ter mais do que um CPC, era inconstitucional. E eu quero aqui deixar claro que é insustentável a inconstitucionalidade. Por quê? Isso se rege pela Lei de Licitações, e a licitação das empresas telefônicas determinou que quem ganhasse, por exemplo, a licitação da telefonia fixa no Rio Grande do Sul, não poderia concorrer à telefonia móvel no Rio Grande do Sul. Portanto a licitação pode impedir o monopólio, e esse é o objetivo deste parágrafo nesta Emenda. Imaginem os senhores e as senhoras serem proibidos de venderem na rua, de comercializarem na rua, e aí a única opção é o centro de compras A, B, ou C, e os três sendo do mesmo dono. Qual a condição de competição? Qual a condição de barganha de um pequeno empresário, de um microempresário ou de um autônomo? O aluguel, as condições de trabalho, tudo será imposto.

Portanto - Ver. Ervino, que sei que é um defensor dos pequenos -, esta é uma Emenda que não prejudica a idéia do Centro de Compras, mas cria uma maior competitividade.

Para concluir eu vou ler um trecho da própria - Ver. Ibsen, que é um estudioso -, da própria Lei de Licitações, da parte que nos interessa mais (Lê.): “Art. 3º, § 1º: “É vedado aos agentes públicos: I – admitir, prever, incluir ou tolerar”... “condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo...” Como vai ter competição nos Centros Populares de Compras se um único dono puder dominar todos e, ao dominar todos, dominar o destino de vocês de terem um local adequado? Por isso esta Emenda. Mas eu peço a aprovação também para o parágrafo. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Gerson Almeida está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 23 ao PLE nº 033/05.

 

O SR. GERSON ALMEIDA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu acho que há um fato bastante significativo, que é o de, como já frisei anteriormente, ter havido aprovação unânime desta Casa nesse Projeto. Não é um Projeto fácil, e de fato tem razão o Ver. Paulo Odone num ponto quando disse que, ao longo de muitos anos, essa discussão tem sido intensa na Cidade, e, portanto, como é complexa, é óbvio que seja de difícil solução.

Agora, impugnar o fato de a Bancada de oposição, a Frente Popular, que votou no Projeto, inclusive num gesto político... E já que V. Exª se referiu aos 16 anos da Administração Popular, tivemos, sim, algumas vezes, mas foram poucas as vezes em que nós tivemos essa situação de ter votação unânime de um Projeto de interesse do Executivo e da Cidade.

Portanto, não dá para impugnar, porque seria uma visão completamente autoritária, e vem do Governo que acordou duas, três ou quatro emendas – o que é bom. Meus colegas, que estão permanentemente aqui, disseram que, ao longo deste ano praticamente nenhuma emenda da oposição foi aprovada. Como foram aprovadas Emendas da oposição, sentiu-se no direito de regrar o que é justo a Bancada de oposição dizer, o que é justo a ela sustentar e o que não é.

Nós temos o compromisso – por isso votamos o Projeto – de ajudar a construir uma solução, mas não queremos enganar ninguém dizendo que essa solução tranqüiliza todos. Ao contrário, várias emendas que foram rejeitadas aqui pela Bancada do Governo, foram rejeitadas porque davam mais poder de decisão aos camelôs; porque davam mais capacidade de gestão para Câmara, para o Poder Público regrar como será a relação a partir de agora. Como é uma atividade privada, a Prefeitura está lavando as mãos, a partir de agora, sobre como será a relação dos senhores e senhoras com os novos proprietários. Essa Emenda do Ver. Raul Carrion e da Verª Manuela é exatamente mais uma Emenda, das tantas que as Bancadas do PT e do PCdoB estão fazendo, no sentido de evitar que o nosso voto favorável ao Projeto, de boa-fé, transforme-se, tornando-se um pesadelo para os camelôs, qual seja: ao invés de microempresários, pequenos empresários, que nós tenhamos a partir de agora aquele financiador do centro popular - que deve ser um capitalista com bastante dinheiro -, como um monopolista do mercado informal da cidade de Porto Alegre. Esse é o sentido da Emenda. Nós não temos a totalidade dos votos, como tivemos no Projeto, porque vai demarcar campos. Demarca campos políticos, Ver. Carrion, de quem, em cada Emenda, em cada projeto, olha para os pequenos e os médios, e aqueles que não têm aquele cacoete de estar sempre, em suas votações, comprometidos com os pequenos e médios. Por isso, essa Emenda tenta evitar que haja um controle monopolista numa atividade que, por sua própria natureza, hoje, já disputa com isso, porque já tem grandes proprietários de muitas empresas. Mas na verdade ainda é uma atividade que tem muitos pequenos que querem um “lugar ao sol”. E essa Emenda, ao não ser aprovada, veda a participação de um mesmo investidor privado em mais de um centro popular de compras, ou seja, impede que, em nome dos pequenos, em nome dos camelôs, em nome dos comerciantes populares, na verdade, esteja se construindo uma política pública na Cidade para grandes empresários que, convenhamos, não precisam disso para subsistir. Então, nós queremos o apoio da Bancada do Governo, exatamente porque essa Emenda é o que mantém a própria natureza da atividade econômica, Ver. Sebastião Melo, que é a natureza do comércio popular. Se não for isso, por que chamar de comércio popular? É comércio igual a qualquer outro, onde há o grande, o pequeno e o “grandalhão”. Por isso essa Emenda é importante, para que com o voto da Câmara, unânime, não se “venda gato por lebre”, ou seja, não se venda centro popular, que na verdade será mais um espaço que pode – não é essa a opinião da Bancada do Governo –, se não houver travas, Ver. Paulo Odone e Ver. Luiz Braz, transformar-se numa coisa onde um só pode ter todas as bancas. Por isso eu acho que é importante o voto unânime também como foi unânime o voto do Projeto. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação a Emenda nº 23 ao PLE nº 033/05, com ressalva do destaque. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Raul Carrion, o destaque à Emenda nº 23 ao PLE nº 033/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO por 07 votos SIM e 20 votos NÃO.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Declaração de Voto (Lê.): “Votei “sim” na Emenda nº 22, pois essa Emenda foi acordada e construída com o Sr. Secretário Idenir Cecchin e o Governo Municipal. E a mesma trata de uma visão de cidade...

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Ver. Carlos Comassetto, vênia a Vossa Excelência: a Emenda votada é a nº 23. A essa já não cabe mais Declaração de Voto. Vossa Excelência está-se referindo à Emenda nº 22. Não recebo a Declaração, a não ser formalmente, por educação, mas ela não tem valor jurídico nenhum. Da mesma forma, Ver. Carlos Comassetto, mando retirar dos Anais essa Declaração, porque já havia sido transitada em julgado, votada a Emenda nº 22; e nós votamos agora a Emenda nº 23. Logo, pondero a Vossa Excelência.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Justamente isso, Presidente, a matéria que foi lida não deve nem ser anexada, porque já está fora.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Sim, eu já declarei.

Em votação a Emenda nº 24 ao PLE nº 033/05, destacada. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

Em votação nominal, por solicitação desta Presidência, a Emenda nº 1 ao PLE nº 033/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 08 votos SIM e 20 votos NÃO.

Em votação nominal, a Emenda nº 03, por solicitação desta Presidência, ao PLE nº 033/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 08 votos SIM e 18 votos NÃO. Portanto, não fica prejudicada a Emenda n.º 11.

Declaração de Voto do Ver. Dr. Goulart.

 

O SR. DR. GOULART (Lê.): “Voto “sim” porque quatro mil trabalhadores informais, no Centro, no Município de Porto Alegre, não podem concorrer com empresas e nem repentinamente arcar com os tributos atinentes a essas empresas. Shopping Popular para o trabalhador excluído do mercado de trabalho.” (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Recebo a Declaração de Voto.

Em votação nominal, solicitada por esta Presidência, a Emenda n.º 04 ao PLE n.º 033/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 02 votos SIM, 15 votos NÃO e 06 ABSTENÇÕES.

Em votação, a Emenda n.º 09 ao PLE n.º 033/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

Em votação a Emenda n.º 10, solicitada por esta Presidência, ao PLE n.º 033/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 10 votos SIM e 19 votos NÃO.

Em votação a Emenda n.º 11 ao PLE n° 033/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 24 votos SIM.

 

Em votação nominal, solicitada por esta Presidência, a Emenda n° 12 ao PLE n° 033/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 9 votos SIM, 20 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.

Em votação a Emenda nº 15 ao PLE nº 033/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA, com voto contrário do Ver. Adeli Sell e do Ver. Carlos Comassetto.

Em votação a Emenda nº 20 ao PLE nº 033/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA por unanimidade.

Em votação nominal, solicitada por esta Presidência, a Subemenda nº 01 à Emenda nº 20 ao PLE nº 033/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 9 votos SIM e 21 votos NÃO.

As Emendas nºs 08 e 18; Subemenda n.º 01 às Emendas n.ºs 10 e 12 foram retiradas pelos autores.

Vencida esta matéria, estão suspensos os trabalhos da presente Sessão pelo tempo necessário para que os Srs. Vereadores façam um lanche. Logo após retomaremos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 14h58min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães - 16h22min): Visivelmente há quórum, portanto estão reabertos os trabalhos da presente Sessão.

Existe acordo para alteração da ordem dos trabalhos?

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO (Requerimento): Sr. Presidente, após consultar as Lideranças presentes, sugerimos a V. Exª que o primeiro Projeto a ser discutido e votado seja o Projeto que trata da redução do ISSQN - PLCE nº 012/05.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação o Requerimento de autoria da Verª Clênia Maranhão, solicitando que o primeiro Projeto a ser discutido e votado seja o PLCE nº 012/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 6935/05 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N. 012/05, que altera, inclui e revoga dispositivos da Lei Complementar n. 07, de 07 de dezembro de 1973, e alterações posteriores; altera e inclui dispositivos na Lei Complementar n. 306, de 23.12.93 e dá outras providências. (ISSQN) Com Emenda n. 01. Com Mensagem Retificativa. Urgência.

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ, CEFOR, CUTHAB, CECE e CEDECONDH. Relatora-Geral Ver.ª Clênia Maranhão: pela  aprovação do Projeto e da Mensagem Retificativa e pela rejeição da Emenda n. 01.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82,   § 1º, I, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia em 21-12-05.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em discussão o PLCE nº 012/05. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. A Verª Clênia Maranhão está com a palavra para encaminhar.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, retomando nossos trabalhos na tarde de hoje, quando na manhã de hoje aprovamos, por unanimidade, o Projeto que trata do Centro Popular de Compras, estamos dando início, neste momento, aos encaminhamentos do segundo Projeto em pauta, que se refere à redução do ISSQN.

O referido Projeto modifica aspectos tributários de dois setores de prestação de serviços quanto à tributação do ISSQN – Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza, tratando, portanto, das agências de publicidade e propaganda e do setor de recauchutagem.

Com relação às agências de publicidade e propaganda, a Mensagem Retificativa que votaremos logo mais, retifica e altera a base de cálculos; a alíquota introduz a figura da substituição tributária para os serviços de intermediação na veiculação junto às empresas de mídia. Desse modo, a base de cálculo que, atualmente, é a receita bruta, permitidas as deduções dos serviços de produção e arte-finalização contratadas junto a terceiros, passa a ser somente o montante da receita bruta. Isso significa uma redução da alíquota de 5% para 3%.

Visando a inibir a sonegação fiscal e, conseqüentemente, incrementar a arrecadação tributária desse setor, além das modificações acima elencadas, as quais reduzirão a carga tributária dessas atividades, introduz-se a figura da substituição tributária das empresas de mídia, as quais deverão reter e repassar ao Município o ISSQN referente aos serviços de publicidade e propaganda e agenciamento dessas atividades, inclusive da veiculação.

Espera-se, assim, que estas medidas, alívio da carga tributária e a substituição tributária, proporcionem um aumento da arrecadação do ISSQN desse setor.

Eu ainda quero dizer que o Projeto trata de uma outra área econômica do nosso Município, que são os serviços de recauchutagem, e este Projeto propõe outra redução de alíquota de 5% para 3%, também no setor da recauchutagem, o que proporcionará uma redução da carga tributária dessa atividade econômica.

Considerando-se que, hoje, há uma realocação de prestadores de serviços para outros Municípios, espera-se que essa tributação menor incentive o retorno desses setores e, conseqüentemente, aumente a arrecadação do ISSQN desse setor.

Enfim, essa é uma rápida síntese de um Projeto que trata da redução de impostos para dois setores significativos do nosso Município. Estamos, portanto, atendendo à demanda de setores econômicos expressivos da nossa Cidade, evitando a saída de empresas do nosso Município para Municípios da Grande Porto Alegre, o que muitas vezes ocorre. Pedimos que os Vereadores e as Vereadoras possam votar imediatamente este Projeto, para que possamos passar, ainda, à discussão e votação de outros dois Projetos importantes que seguramente também votaremos na tarde de hoje.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para encaminhar a votação do PLCE n° 012/05.

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, colegas Vereadores e Vereadoras, senhoras e senhores, a nossa Bancada votará favoravelmente ao Projeto, pela compreensão que nós temos de que altas alíquotas e aumento de alíquotas, em especial, são sempre um generoso convite à sonegação. Um país pobre, um país em desenvolvimento, em dificuldades, como o Brasil, não pode cumprir o pagamento integral de uma taxa que hoje atinge mais de 36% do Produto Interno Bruto. Por essa razão, nós achamos positiva a diminuição para as empresas que prestam serviço na recauchutagem e recapagem de pneus, porque essa, inclusive, é uma atividade que praticamente foi eliminada da cidade de Porto Alegre, já que as empresas pagam 5% sobre o total dos serviços praticados. Evidentemente, elas vão para a Região Metropolitana, onde é mais fácil e mais barato encontrar uma oficina para ser alugada ou comprada; portanto, nós estamos perdendo um mercado de trabalho importante em Porto Alegre. E, na esteira da luta contra as ilegalidades, como é o caso de muito ferros-velhos que viram desmanches, haja vista as matérias dos jornais de ontem e de hoje, a recapagem, o recapeamento de pneus é um elemento importante para que as pessoas possam reutilizar os pneus de seus automóveis. Nós acompanhamos, portanto, o Projeto.

Eu achei extremamente importante a medida que a Secretaria da Fazenda toma para ter um controle efetivo sobre a área de publicidade e propaganda. Hoje, dá-se, como pagamento, 5% sobre a nota; esse é um brutal convite para sonegação, porque, afinal de contas, se eu estou bem lembrado, a taxa de agenciamento é de 20%. Então as empresas acabam pagando sobre o conjunto, porque a contratação é feita com a agência de publicidade. E tendo que pagar um tributo muito alto, as senhoras e os senhores sabem o que acontece neste País...

Acho inteligente, acho correta, acho mais transparente a medida que está sendo proposta para nós. Quero parabenizar inclusive a Secretaria da Fazenda do Município, em nome do André - que está aqui acompanhando a votação -, porque eu acho que os servidores da Fazenda estão dando um passo significativo para um maior controle da arrecadação tributária no Município de Porto Alegre. Então, quero dizer a todos e a todas que nós votaremos “sim”.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Raul Carrion está com a palavra para encaminhar a votação do PLCE nº 012/05.

 

O SR. RAUL CARRION: Exmo Ver. Elói Guimarães, demais Vereadores e Vereadoras, todos que nos assistem, na Sessão anterior, a última Sessão Ordinária desta Casa, na votação do Pedido de Urgência, nós nos preocupamos com esse Projeto porque não tínhamos, no atabalhoamento de final de ano, levando em conta que esse Projeto só entrou no dia 12 de dezembro. Na verdade, em 28 de novembro entrou o Projeto original, e a Mensagem Retificativa veio no dia 12 de dezembro, portanto três dias antes do recesso. Evidentemente, Ver. Brasinha, que por mais que nós trabalhemos – e trabalhamos – é muito difícil, em três dias, enquanto estamos votando outros Projetos, estudando outros Projetos, avaliar uma mudança do ISSQN. Então, chegamos a pedir vista, principalmente porque, numa primeira olhada no Projeto original, eram seis páginas de alterações, mais uma Mensagem Retificativa. No fim suspendemos a vista com o compromisso do Governo de nos prestar todos os esclarecimentos necessários. Tivemos oportunidade de estudar o Projeto de quinta-feira até o dia de hoje, conversamos hoje pela manhã com o Secretário Cristiano Tatsch e constatamos que o Projeto original ficou substituído pela Mensagem Retificativa; o que simplificou, evidentemente, as alterações. O que eram seis páginas foi reduzido a uma página, e o que eram quase cinqüenta quesitos que seriam alterados, ficou reduzido a alguns poucos quesitos - em torno de três ou quatro questões.

Então, feito esse estudo, com o cuidado que um Projeto desses merece, Ver. Bernardino, queremos dizer que a Bancada do PCdoB entende válidas essas alterações e irá votar favoravelmente, pois são medidas que, por um lado procuram facilitar e diminuir a carga tributária para o serviço de recauchutagem e regeneração de pneus e para o serviço de agenciamento, publicidade e, segundo o Secretário nos coloca, permitirá que uma série de atividades que hoje não estão, digamos, contabilizadas, venham a ser, e, mesmo diminuindo o percentual de 5% para 3%, talvez seja mantida a mesma arrecadação ou, a médio prazo, melhore.

Assim sendo, não há por que nos opormos e evidentemente viemos encaminhar, porque, preocupados que estávamos - como Vereador desta Cidade -, evitamos votar de olhos fechados ou porque simplesmente o Governo ordena, a cabresto – como diz o nosso povo. Entendemos que, como Vereadores, seja de situação, seja de oposição, nós temos responsabilidade de votar as questões que envolvem dinheiro público, por isso nós tivemos a precaução. Mas, Verª Neuza, feito o estudo, examinado com carinho, esclarecido pelo Secretário da Fazenda, nós votaremos favoravelmente. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para encaminhar a votação do PLCE nº 012/05.

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Excelentíssimo Sr. Presidente, nobres Vereadoras, nobres Vereadores, mais uma vez tomamos esta tribuna para tratarmos de taxas e impostos da atual Administração. Quero referir-me a todas as votações que nós tivemos até hoje a respeito de impostos e taxas da atual Administração.

Tivemos inicialmente o refinanciamento – Refis –, em que o Governo concede altíssimos descontos aos devedores, chegando a 100% a anulação de multa e juros reduzidos. Chegou para nós, também, o Projeto do ITBI, o parcelamento do ITBI. Além do parcelamento do ITB, naquele mesmo imposto existe uma considerável redução para as cooperativas habitacionais, chegando à redução de 6% para 1%. Tivemos o IPTU, quando também este Vereador votou conscientemente a favor da proposta do Governo após negociação, quando, através de cálculos, chegamos à conclusão de que, pela primeira vez, nesses últimos anos, houve um ganho real da população em referência do seu salário e da majoração do imposto, porque, no imposto parcelado da população que não pode pagar à vista, houve um acréscimo de 1,9%, enquanto os salários acresceram em torno de 6%.

A taxa de iluminação pública, este Vereador também votou conscientemente, devido às dívidas da Prefeitura para com a CEEE, votou conscientemente para que o Município possa sair do Cadin, ter crédito na praça e poder fazer o seu desenvolvimento e a inclusão social que tanto a Cidade precisa, e para que a Prefeitura também possa, principalmente, fazer um financiamento que quase todas as capitais fizeram aos moldes de São Paulo, inclusive malfeitos, pela Prefeita Marta Suplicy, no refinanciamento para a economia do consumo de luz. Na ordem de 35%, existem financiamentos especiais, impedidos de seres feitos, porque estamos no Cadin (Cadastro Informativo de Créditos Não Quitados do Setor Público Federal). Hoje estamos com o ISSQN, que traz também uma política do Governo Fogaça, da redução, logicamente, em duas parcelas desse imposto: de 5% para 3%. Lembro-me bem da minha primeira agenda com o Prefeito Fogaça, após a sua eleição, quando perguntei: “Na sua Administração haverá aumento de impostos?” E ele me afirmou: “Vereador, dentro do possível, não”. E hoje, se nós fizermos um somatório de todas essas taxas e impostos, nós vamos ver que o Governo Fogaça, em comparação, na média, está bem abaixo dos impostos que eram cobrados percentualmente nos Governos passados.

Portanto este Vereador vota a favor deste Projeto e torce para que o Prefeito possa equalizar, o quanto antes, as dívidas do Município, para podermos crescer e podermos favorecer as populações mais necessitadas não fazendo somente a inclusão social, mas também melhorando a posição social de todos os habitantes da nossa Porto Alegre. Era isso, Sr. Presidente. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para encaminhar a votação do PLCE nº 012/05.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, este Projeto que passa nessa Sessão Extraordinária, por este Legislativo, indiscutivelmente é um aval a uma política de diminuição de impostos na cidade de Porto Alegre, especialmente o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de prestação de serviços, em que as médias e pequenas empresas dessa especialidade não suportaram a tendência ao crescimento, com alguma voracidade, desse imposto que, como tal, afastou de Porto Alegre, uma Cidade que tem como característica fundamental a prestação de serviço... Porto Alegre há muito deixou de ser uma cidade industrial. Os próprios bairros industriais de Porto Alegre se transformaram em bairros de prestação de serviços, em bairros residenciais.

E nós, em todas as Comissões, verificamos isso, especialmente no trabalho de Comissões: aquele convívio entre a indústria e a moradia, que são incompatíveis pelo barulho e pela poluição - pela poluição aérea e pela poluição sonora -, começa indiscutivelmente a grassar na cidade de Porto Alegre, na medida em que há uma mudança de um projeto industrial da Zona Norte para um projeto de prestação de serviços e o desaparecimento da nossa “cidade industrial” em Porto Alegre, transformando-se em industriais as cidades-satélites de Porto Alegre, e Porto Alegre permanecendo como uma Cidade prestadora de serviços. E, por ser prestadora de serviços, nós temos a avaliação muito correta, Ver. Gerson, muito aguda, muito acurada da importância desse tipo de imposto para a cidade de Porto Alegre, que já tem o percentual relativamente alto no total de impostos arrecadados pela Prefeitura.

Porto Alegre hoje tem um nível altíssimo de percentual estabelecido para essas empresas, que, como prestadoras de serviços, raramente são grandes empresas; são médias, pequenas e microempresas.

Então, há a necessidade de trazer de volta essas empresas à Cidade, porque elas também são geradoras de emprego, e então a diminuição do ISSQN passa a ser uma política de Governo adequada não à diminuição e à analise da questão pelo lado negativo da perda de imposto, não, mas do aumento de pequenas empresas, de médias empresas, preocupando e predominando sobre um processo industrial, pela mudança da destinação da Cidade, que deixou de ser um processo industrial para ser um processo de prestação de serviços, em que o ser humano é muito mais utilizado, e não a máquina, e onde o número de empregos, que é extremamente importante no momento em que nós vivemos com o desemprego na Região Metropolitana, quando 240 mil pessoas estão desempregadas, nas 10 ou 12 cidades satélites de Porto Alegre, e Porto Alegre junto; isso é um dado do IBGE, deste último trimestre, e que realmente nos preocupa e nos leva a pensar que o ISSQN, além de ser um processo de regularização, diminuindo desta quantidade do equilíbrio, inclusive, do sistema de prestação de serviços na Cidade, e o seu equilíbrio com as outras necessidades, sejam elas industriais ou comerciais. Então seja no primário, no secundário ou no terciário, nós temos, hoje, esse papel desse imposto, e evidentemente será assim uma unanimidade na Casa, porque indiscutivelmente é evidente que a nossa Bancada vai votar a favor, porque nada mais simpático para a população do que diminuir os impostos; nada mais antipático do que aumentar os impostos, especialmente a uma população que não teve correspondente ao aumento de impostos o aumento dos salários. Ao contrário, Porto Alegre, que é formada por pessoas que são servidores públicos, em grande quantidade, tiveram os seus salários absolutamente achatados, e na iniciativa privada, evidentemente que as questões de salário e desemprego são os principais itens de debate, porque a questão desenvolvimentista de Porto Alegre, a questão de geração de empregos, e principalmente de riqueza, renda e impostos, ela passa também por uma idéia desenvolvimentista, e nada menos desenvolvimentista que o aumento de impostos.

Por isso acho que este Projeto “vem a calhar”; é um Projeto que vai ser votado agora e vai ser inclusive aceito por todas as Bancadas, até porque diminuir não é uma questão demagógica, e sim uma questão de política de Governo.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para encaminhar a votação do PLCE nº 012/05.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, esse Projeto tem uma simbologia muito importante. Ele trata de duas questões. Primeiro, ele reduz impostos do INSS sobre as empresas que fazem recapagem de pneus. Eu fiz questão de vir a esta tribuna para dizer que isso foi fruto de uma ampla negociação dessa categoria com o Governo Municipal. Eu, por duas oportunidades, estive na Secretaria junto com o Sindicato. Fui recebido lá então pelo Secretário Cristiano Tatsch e pelo Secretário Substituto Zulmir Breda, quando nós alinhavamos a possibilidade da redução dos impostos para essa área aqui, que são poucos hoje em Porto Alegre, e se a política continuasse nos 5%, a tendência seria que essas empresas de recapagem transferissem os seus negócios para as cidades da Grande Porto Alegre.

É evidente que o Governo não podia fazer isso isoladamente, sem fazer compensações, porque a Lei de Responsabilidade Fiscal é clara: eu não posso abrir mão de receita. Então o Governo, junto com essa redução de 5% para 3%, construiu aqui também aquilo que o Código Tributário, aquilo que a nossa Lei do Município e a Constituição estabelecem, que é o substituto tributário, na área da propaganda.

Portanto, ele está compensando, porque a empresa de propaganda pagava 5% de tudo que ela recebia, mas, na verdade, a empresa de propaganda pagava, Ver. Bernardino, 80% para quem? Para os veículos de comunicação, e ele estava arrecadando, na verdade, 5% sobre uma verba que não era das empresas de propaganda. Então, inteligentemente, usa-se o substituto tributário que vai cobrar 3% das agências, e eu vou cobrar lá na ponta das agências - portanto, dos veículos de comunicação - os outros 3%. Ora, e se eu cobrar os 3% dos veículos de comunicação e 3% da agência de propaganda, vai dar exatamente o valor que era cobrado: 5% das agências de propaganda.

Então, essa é uma outra medida extremamente inteligente, porque eu não vou perder um centavo, e estou reduzindo de 5% para 3%.

E, quanto aos pneus recapados, eu estava lá, e eu quero dizer que também vejo aqui os meus amigos da Secretaria da Fazenda, e lá foi assumido um compromisso. Além de reduzir de 5% para 3%, se no final de 2006, a Prefeitura fizer um levantamento, e chegar a apurar que os 3% representaram mais em 2006 do que os 5% arrecadados em 2005, a Prefeitura, através do seu Secretário, também assumiu o compromisso, de baixar para 2%, que é o limite mínimo. Porque até a Lei nº 116, que é a Lei Federal que regula esta matéria, os senhores sabem que o INSS poderia variar de zero a 5%; hoje não pode mais. Acho que foi um avanço, são 2% no mínimo, e o máximo são 5%. Então, se nós, na recapagem de pneus, tivermos a felicidade de baixarmos a alíquota, e o Sindicato assumir o compromisso com isso, de aumentar a arrecadação, poderemos chegar ao final de 2006 e baixar mais 1%. Então, eu queria cumprimentar o Secretário Cristiano, cumprimentar o Secretário Zulmir Breda, os funcionários que trabalharam nesta matéria, que tiveram a sensibilidade de abrir aqui a grande brecha para uma grande reforma tributária que o Município possa fazer. Eu sempre acho que se você for eficiente na cobrança, você pode cobrar menos. Acho que está na hora de a Prefeitura cobrar dos bancos, está na hora da Prefeitura cobrar ISSQN dos bancos, chega de discursos, nós estamos com enorme dificuldade, estamos antecipando IPTU para pagar a folha, transferindo dinheiro do DMAE para pagar a folha, e o Governo continua frouxo com os banqueiros. Isto não está correto e acho que em 2006 já é de bom tamanho, atrasadamente, que se cobre ISSQN das transações de leasing na cidade de Porto Alegre. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para encaminhar a votação do PLCE nº 012/05.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, público presente e assistência do Canal 16 da TVCâmara, estamos discutindo aqui um Projeto importante, redução de tributos, redução da alíquota de ISSQN, Projeto que terá o nosso apoio. Mas nós não podemos deixar de vir aqui discutir, porque somos a favor do Projeto, mas estranhamente há quem seja a favor da diminuição de impostos para algumas situações, particularmente, neste caso, para empresas estabilizadas, estabelecidas. Agora, quando se fala na redução de tributos para os trabalhadores autônomos, para outros setores, aí a discussão muda de figura, como aconteceu hoje, aqui de manhã, principalmente os setores que têm mais debilidade, os setores que têm mais necessidade de apoio, de um diferencial para poderem se afirmar como empresas e economias em desenvolvimento.

É comum vermos a generosidade dos Governos, e o Governo estadual é pródigo nisso, tanto o Governo Britto, que deu bilhões em isenção aos grandes e poderosos conglomerados econômicos como a Brahma, a GM, o Pólo Petroquímico, a indústria fumageira, mas não teve a mesma generosidade para reconhecer, anistiar e ter políticas para os setores que mais precisam, para os setores que inclusive tinham que ter apoio para sobreviverem às competições de uma economia globalizada.

Então, o Governo tem, sim, o nosso apoio nesse caso. Agora, não podemos deixar de registrar o tratamento incoerente que é dado para aqueles que mais necessitam: a cobrança, a indiferença; para aqueles que mais podem, geralmente, as anistias, os benefícios, a complacência por parte do Governo. E é isso que deve ser discutido.

Apanha bem, sim, o Ver. Sebastião Melo: os bancos têm que pagar, e V. Exª tem feito muitos discursos, muitas cobranças, e passou-se um ano, e nada. E os bancos são poderosos; têm que pagar, sim, porque, depois, tem que se bater de novo lá no caixa do DMAE, inclusive agora sem lei autorizativa da Câmara para pagar as contas do final de ano, as obrigações trabalhistas, o 13º salário, autorização essa obtida aqui na Câmara pelo Governo, quando estávamos na gestão da Frente Popular em 2003 e 2004. Agora também estranhamos: por que o Projeto não veio para a Câmara? Teria o nosso total apoio. Será que há alguma coisa que não pode ser revelada nessa operação feita? Porque não pode estar por conta das receitas vindouras das tarifas de esgoto misto, de direito e de obrigação do DEP, inclusive, por Lei aprovada aqui por esta Câmara. Esse recurso tem de ser investido no saneamento, e não é um discurso disponível, alegado, porque é do DEP; não, esse recurso não existe, são promessas de receitas futuras que estão por vir durante os próximos vinte e tantos meses.

Portanto essa medida tem o nosso apoio, porque ela visa, sim, a produzir justiça tributária, diminuir impostos e arrecadar mais, mas ela deveria ter o mesmo peso e a mesma medida para aqueles que também poderiam, em paralelo, ser setores que, com esse beneficio, poderiam se alavancar. E aí nós vemos que, na maior parte dos casos, Ver. Raul Carrion, o tratamento do Governo é desigual, é incoerente. Por isso nós estamos aqui fazendo esse registro. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. SEBASTIÃO MELO (Questão de Ordem): Presidente, só um esclarecimento, posso estar equivocado, mas parece que ninguém discutiu a matéria.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Não

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Pois é, então a Bancada do PT encaminhou duas vezes?

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Eu tenho a impressão de que a Mesa se equivocou. Nós entramos direto, não houve inscrições para discussão. O Ver. Adeli pediu a palavra, e o Ver. Carlos Tosdeschini também pediu a palavra. Realmente, o equívoco é da Mesa em ter dado a palavra ao Ver. Carlos Todeschini. Nesse sentido, a Mesa penitencia-se, desculpa-se perante o Plenário.

Em votação nominal, por solicitação desta Presidência, o PLCE nº 012/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 28 votos SIM.

Em votação nominal, por solicitação desta Presidência, a Mensagem Retificativa ao PLCE nº 012/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 28 votos SIM.

 

A SRA. CLENIA MARANHÃO: Sr. Presidente, há o entendimento para que votemos, em primeiro lugar, o PLCE n.º 005/05 e, posteriormente, o PLCE n.º 013/05.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI (Requerimento): Sr. Presidente, eu encaminho um Requerimento pela minha Bancada (Lê.): “Sr. Presidente, a Bancada do Partido dos Trabalhadores vem requerer, com fundamento no disposto no art. 19, inciso II, alínea J do Regimento Interno, a devolução do Processo n.º 5.455/05, PLCE n.º 005/05, ao seu autor, Executivo Municipal, tendo em vista que, em conformidade com a manifestação do órgão técnico desta Casa, em resposta ao questionamento do Vereador que este subscreve, foi confirmada a inequívoca e manifesta inconstitucionalidade e ilegalidade da proposição em comento”. Eu passo às suas mãos o Requerimento e peço encaminhamento.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Ibsen Pinheiro está com a palavra.

 

O SR. IBSEN PINHEIRO: Sr. Presidente, o Requerimento fundamenta-se em suposta inconstitucionalidade da matéria.

Em primeiro lugar o Parecer não é o bastante, ainda que desfavorável para fundamentar uma decisão dessa natureza. A matéria está no Plenário para ser submetida.

Além disso, Sr. Presidente, o Parecer da Comissão de Justiça é favorável à tramitação, não foi encontrada nenhuma inconstitucionalidade. Por último, Sr. Presidente, se inconstitucionalidade houvesse, ela seria perfeitamente sanável, constituiria no fato de que, ao se determinar uma remuneração de 100% equivalente a FG, a CC, com 100%, ao se somar os vencimentos da origem do servidor cedido, haveria um excesso, vulnerando, então, o princípio da igualdade de remuneração para trabalho igual. Fosse inconstitucional, haveria, ainda, a possibilidade de saneamento, que é o caso concreto, por meio de Emenda da Verª Clênia Maranhão que reduz a 70% do valor do Cargo em Comissão a incidência de Função Gratificada. Por esta razão, Sr. Presidente, apresento, em contra-razões do Requerimento do Ver. Todeschini, os fundamentos para a rejeição do Requerimento e a tramitação da matéria por perfeitamente constitucional.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Ouço o Ver. Adeli Sell.

 

O SR. ADELI SELL (Questão de Ordem): O Ver. Ibsen Pinheiro fez um encaminhamento, correto?

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Não, fez um contraponto ao Requerimento formulado...

 

O SR. ADELI SELL: Em que artigo do Regimento Interno existe esse expediente?

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): É da natureza consuetudinária da Casa, Vereador. Essa contestação é da natureza, é própria do Parlamento.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: O Ver. Ibsen Pinheiro, Sr. Presidente, é apenas o Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, que diz para nós, diretamente, se é constitucional ou não.

 

O SR. ADELI SELL: Então, eu vou fazer um contraponto ao contraponto do Vereador.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): É um debate que se dá a um aspecto, a uma questão de ordem, diríamos, processual; não se está examinando ainda o mérito da questão. Então, estes são debates corriqueiros, naturais, no encaminhamento de matéria dessa natureza.

 

O SR. ADELI SELL: Eu penso que, feito o Requerimento pelo Ver. Carlos Todeschini, nós temos que fazer o seu devido encaminhamento e votação, porque o Vereador se escorou num parecer da douta Procuradoria da Casa, nós não estamos analisando as Emendas, pois, pelo Regimento Interno desta Casa, a Emenda é analisada a posteriori. Então, o que nós temos que discutir inicialmente, a priori, é o Projeto tal qual ele está posto na Casa. Então, nesse sentido deve haver encaminhamento do Requerimento, votação para saber se o Ver. Carlos Todeschini está ou não com a razão.

 

 O SR. CLAUDIO SEBENELO (Questão de Ordem): Sr. Presidente, apenas em contraponto ao que disse o Ver. Adeli Sell, é que se trata de um Parecer da douta Procuradoria da Casa. E, como eu digo sempre, um parecer é uma coisa que parece ser; a douta Procuradoria da Casa pode fazê-lo; o que não pode haver é uma questão de decisão, e essa, sim, é do Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, que não dá parecer da decisão de uma Comissão.

 

O SR. PAULO ODONE: Sr. Presidente, eu só quero prestar as informações à Casa na condição de Relator do Processo na Comissão de Constituição e Justiça. Houve um Parecer, de outubro, para ser submetido à Comissão de Constituição e Justiça, e depois, a Requerimento de um Vereador, pediu-se, datado de 7 de novembro, um parecer da Procuradoria da Casa. O Parecer da Comissão de Constituição e Justiça, dando pela legalidade, que era de outubro, foi aprovado em 18 de outubro na Comissão de Constituição e Justiça. Posteriormente, Sr. Presidente, veio uma Mensagem Retificativa do Executivo - está incorporada ao Projeto -, que mereceu, em 22 de novembro, novo Parecer da Comissão de Constituição e Justiça. Aí, então, de novo, foi aprovado, apenas com o voto contrário do Ver. Todeschini na Comissão de Constituição e Justiça. Portanto, o Parecer da Comissão de Constituição e Justiça – são dois – que deu a Mensagem Retificativa apreciando a constitucionalidade e a inexistência de óbice, é posterior ao próprio Projeto de Casa. O órgão do Parlamento, que é a Comissão de Constituição e Justiça, deu pela inexistência de óbice e tramitação do processo, apenas com um voto contra, em decisão de 22-11-05, e o Relator era este Vereador.

 

O SR. RAUL CARRION: Exmo Ver. Elói Guimarães, a nossa preocupação é até com a imagem desta Casa, porque, por mais pareceres que nós aprovemos aqui, a Procuradoria da Casa já se manifestou pela inconstitucionalidade. Nós não podemos ir além da Constituição. Eu só gostaria de relembrar o art. 37, inciso XVI da Constituição Federal: “É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver compatibilidade de horários” - isso não existe, tanto que o servidor virá licenciado de outro órgão - “observado o disposto do inciso XI”, e nas seguintes situações: “dois cargos de professor”, não é o caso; “um cargo de professor com outro, técnico ou científico”, não é o caso; “dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde”, não é o caso. E ainda diz, no inciso XVII: “A proibição de acumular estende-se a empregos e funções.” Portanto, funções gratificadas também. Então, me parece que por mais pareceres que existam, isso será derrubado na Justiça no dia seguinte e a Casa vai se expor ao vexame de aprovar uma legislação inconstitucional, flagrantemente. Então, nós pedimos, por precaução, que ao menos se faça uma consulta, pode ser até ao Tribunal, mas não se vote algo que é flagrantemente inconstitucional. Obrigado.

 

(Aparte anti-regimental do Ver. Claudio Sebenelo.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Ver. Claudio Sebenelo, eu preciso, em seguida, me manifestar com o meu decisum.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Da mesma forma, Sr. Presidente, com sua vênia, só para reforçar. Como membro da Comissão de Constituição e Justiça fui voto vencido, mas é flagrante o...

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Tem que dizer a mesma coisa para o Vereador Todeschini, Sr. Presidente.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Sou membro da Comissão, fui citado; o Ver. Ibsen teve o direito também.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente, eu vou querer igualdade de tratamento como o do meu colega.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: A Procuradoria da Casa, que é a parte abalizada para avaliar, identifica a irregularidade não-sanável, pois fere a Carta Magna. O art. 39, § 1º do inciso da Lei Maior, e também o art. 37, inciso VIII da nossa Constituição. Portanto estamos aqui discutindo o mérito da questão acerca da constitucionalidade, que está expresso pelo Douto órgão da Casa que é a nossa Procuradoria, que é inequívoco e claro: a votação da Comissão de Constituição e Justiça teve um peso, evidente, muito político na questão, agora, se nos atermos aos elementos técnicos, me parece que a matéria não prospera.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO (Questão de Ordem): Hierarquicamente, toda a vez que houver um parecer que é apenas uma forma que pode ser dado a um Requerimento, vai ser submetido à Comissão de Constituição e Justiça, que é soberana na Casa, e que tem muito pouca coisa abaixo disso. Enquanto um parecer é apenas de uma assessoria técnica, a Comissão de Constituição e Justiça é técnico-política, ela tem todo um contexto e uma visão muito maior do processo. Acho que não há o que discutir neste Requerimento.

 

A SRA. MARIA CELESTE (Requerimento): Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, nosso Requerimento está embasado no art. 19, inciso II, alínea j, com muita propriedade, com base em um parecer - e aí o senhor como Presidente tem autoridade para receber este Requerimento - queremos discuti-lo, e o Plenário é soberano, o Plenário, regimentalmente, é soberano nas decisões, inclusive das Comissões e da CCJ. Nós temos o parecer da Procuradoria que vai contra, que diz que o Projeto está em desconformidade com a Constituição Federal em dois artigos, Sr. Presidente. É disso que trata o nosso Requerimento, e gostaríamos que o Plenário avaliasse este Requerimento e que fosse votado.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Eu gostaria de decidir a matéria.

 

O SR. IBSEN PINHEIRO: Sr. Presidente, para contestar, a Questão de Ordem admite contestação; e para um Requerimento a Vossa Excelência. Um parecer, mesmo da Comissão de Constituição e Justiça, não obsta a tramitação da matéria. Há várias matérias tramitando aqui neste Plenário com Parecer contrário da Comissão de Constituição e Justiça. E não é uma vez, se não duas vezes, no recurso, desde que haja um voto divergente, que a matéria vem ao Plenário. Logo, o parecer favorável para a constitucionalidade não é pré-requisito para deliberação, é matéria para orientação do Plenário. Havendo um Requerimento que aponte a inconstitucionalidade ou qualquer vício na tramitação, incide, nobre Presidente, o art. 161: “A Requerimento de Vereador ou de Ofício, o Presidente determinará a retirada da Ordem do Dia de proposição que tenha tramitado ou sido publicada sem observar as normas regimentais.”

Então, é decisão de V. Exª, em face do requerido, constatar que a tramitação se faz ao arrepio das normas regimentais ou não. Decidido de um modo, V. Exª determinará a retirada; decidido de outro modo, V. Exª determinará a tramitação, que é o que se impõe e é o que se requer, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Muito bem, eu recebo o Requerimento do Ver. Carlos Todeschini. É bom, como preliminar, que se coloque que nós estamos na Ordem do Dia. Poderíamos, aqui, discutir a tempestividade de determinados recursos. Não vamos examinar sob esse foco. Por outro lado - eu gostaria que o Plenário me honrasse com a escuta -, é bom observar que a Procuradoria da Casa emite pareceres prévios, o parecer com força conclusiva vem da Comissão de Constituição e Justiça.

Nós temos um Parecer prévio da Procuradoria, suscitando possíveis inconstitucionalidades e, por outro lado, nós temos um Parecer da Comissão de Constituição e Justiça dizendo que não há inconstitucionalidade. Muito bem. Logo, eu não vislumbro no Requerimento elementos e convicção para ver manifesta inconstitucionalidade. Em função disso, eu indefiro o presente Requerimento por não se sustentar do ponto de vista jurídico na Casa, pelas razões todas expostas, sem aduzir a questão da tempestividade do Requerimento, quando nós estamos em Ordem do Dia. Portanto, eu indefiro o presente Requerimento porque não há manifesta inconstitucionalidade, até porque a Comissão de Justiça da Casa entende que a matéria é constitucional, e o Parecer prévio - prévio, vejam bem! - da Procuradoria da Casa levanta questões de inconstitucionalidade.

Portanto, em face de todo o exposto e outras razões que poderemos aqui aduzir, eu indefiro a matéria, mas o autor, evidentemente, poderá e deverá recorrer à Comissão de Constituição e Justiça.

Está rejeitado, pelo entendimento e pelas razões aqui expostas à falta dos pressupostos para atender ao requerido, porque, na pior das hipóteses, na Comissão de Constituição e Justiça, há uma decisão pela constitucionalidade. O Parecer prévio da Procuradoria aduz a questão da inconstitucionalidade. Então, nós não temos os elementos colocados da manifesta inconstitucionalidade. Neste sentido, eu indefiro a matéria. Eu não recebo e, da decisão do Presidente, cabe, inquestionavelmente, recurso à Comissão de Constituição e Justiça, que depois virá, evidentemente, à decisão do Plenário. A decisão está colocada.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, pondero a V. Exª e faço um recurso à sua decisão. O Parecer da Comissão de Constituição e Justiça, que é o Parecer que embasa - na sua opinião - a sua decisão, garantindo o trâmite do processo, não enfrenta os elementos que foram levantados pelo Perecer prévio da Procuradoria, elementos que se referem à inconstitucionalidade desse Projeto. Se não está ferido até agora é porque não votamos e não consolidamos um projeto, uma lei. Por precaução, esta Casa deveria voltar a analisar, e o nosso recurso é nesse sentido. Recursamos da sua decisão no sentido de que a Comissão de Constituição e Justiça se debruce sobre os elementos que a Procuradoria considera que caracterizam a inconstitucionalidade deste Projeto, Sr. Presidente, e com efeito suspensivo, Sr. Presidente, sob pena de constituirmos o ato, de fato, de afronta à Constituição ao votarmos a lei. Este é o recurso, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Muito bem. V. Exª encaminha por escrito o recurso, e esta Presidência recebe o Recurso no efeito devolutivo.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, V. Exª aguarda o Requerimento por escrito para posicionar-se sobre o efeito suspensivo requerido?

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Já defino de pronto que recebo o recurso com efeito devolutivo, pela convicção e entendimento que formulo. De qualquer forma, louvo V. Exas por quererem ver esgotadas às últimas instâncias o entendimento sobre a matéria.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Bem, nós registramos que lamentamos, porque há uma manifesta posição do Presidente que não corresponde à precaução que gostaríamos que tivéssemos enquanto Casa Legislativa.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Respeito o juízo de V. Exª, mas tenho os meus juízos.

 

O SR. NEREU D'AVILA: Sr. Presidente, depois da decisão de V. Exª só cabe recurso à Comissão de Justiça. Não há mais esse diálogo, é intempestivo.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Esse é o processo.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 5455/05 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N. 005/05, que acrescenta o § 3º ao art. 68 da Lei Complementar n. 133, de 31 de dezembro de 1985, alterado pela Lei Complementar n. 407, de 05 de janeiro de 1998, e dá outras providências. (exercício de FG por funcionário de outra esfera, cedido com ônus para a origem) Com Mensagem Retificativa. Com Emendas nos. 01 e 02 à Mensagem Retificativa.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Paulo Odone: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao Projeto e à Mensagem Retificativa.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, § 1º, I, da LOM.

- incluído na Ordem do Dia, por força do art. 81 da LOM, em 28-11-05;

- adiada a discussão por uma Sessão em 14-12-05.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em discussão o PLCE nº 005/05. (Pausa.)

Apregoamos o Requerimento de autoria da Verª Sofia Cavedon, que solicita que a Emenda nº 02 ao PLCE nº 005/05 seja retirada de tramitação.

O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir o PLCE nº 005/05.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; colegas Vereadores, colegas Vereadoras, público que nos assiste, funcionalismo público municipal, nós poderíamos estar acabando o ano legislativo com alguns encaminhamentos do Executivo Municipal mais qualificados do que estes que estão vindo para a Câmara e estes que estão em pauta para a discussão.

Mandaram todos os Projetos que têm qualidade para a Cidade e os que também descaracterizam e criam desigualdade e “desqualidade” para a Cidade, desqualificam a Cidade, agora, na última semana do ano legislativo.

Estamos aqui para fazer a discussão. Se for necessário, ficamos todas as férias aqui discutindo, sem nenhum problema, porque queremos trabalhar.

E vou fazer aqui um relato dos principais pontos que dizem respeito aos Projetos que foram encaminhados a esta Casa, que dizem respeito à qualificação ou desqualificação do funcionalismo público municipal.

O Executivo Municipal mandou para esta Casa um Projeto e o aprovou, com sua base de Governo, que derrubou um direito conquistado, que era a bimestralidade. O Executivo mandou para esta Casa e aprovou um Projeto que não repôs as perdas salariais acumuladas de 18,09% e propôs pagar em duas parcelas, sendo que uma parcela ficou para maio do próximo ano. O Executivo mandou para esta Casa, em cima do laço, o Projeto do funcionalismo, não propondo a reposição salarial; o Executivo colocou no Orçamento – e aprovou – a previsão de contratação de consultoria externa no valor de oito milhões e quinhentos mil reais; o Executivo mandou para esta Casa, no “apagar das luzes” – e aprovou com o apoio da sua base –, o Projeto que mudou o indexador da cobrança do IPTU, na contramão republicana desse País, agravando a situação do consumidor; o Executivo mandou para esta, no “apagar das luzes” – e foi aprovado pela base do Governo, Sr. Presidente – o Projeto que criou a taxa de iluminação pública – uma taxa igual para os desiguais; e, agora, o Executivo manda um Projeto que cria as FGs para os funcionários públicos cedidos do Estado e da União, os quais podem vir para o Município para formar o “trenzinho da alegria”. Minto! Não é o “trenzinho da alegria”; é o “trenó da alegria, é o prenúncio do Papai Noel!” Estão criando o “trenó da alegria”, no “apagar das luzes”, estão criando uma supercasta de funcionários! Ver. Paulo Odone e Verª Clênia Maranhão, Vossas Excelências têm de vir aqui assumir isso publicamente e dizer que essa política não é a política que o Prefeito Fogaça assumiu durante a campanha, qual seja, de que iria qualificar o funcionalismo público.

Votaram esse Projeto que aqui está, sendo que a Procuradoria desta Casa se posicionou pela inconstitucionalidade do Projeto. E o Sr. Presidente, no último dia, não tem a precaução de pedir a análise desse Projeto para posterior discussão. A base do Governo tomou uma posição chapa-branca, pois não houve o contraditório! É uma posição chapa-branca que cria “o trenó da alegria”, nesta cidade de Porto Alegre, desqualificando o funcionalismo público municipal, não valorizando os funcionários desta Casa e do Executivo, e criando a supercasta dirigente na Prefeitura Municipal, vindo na contramão da história político-administrativa! Isso tem de ser dito com todas as letras, e venho aqui, sim, a esta tribuna, com muita tranqüilidade e altivez, fazer o debate político, porque nos é permitido, Ver. Braz, o contraditório, com respeito e qualidade. Venham argumentar esses dados que aqui apresento e desqualificá-los pelo conteúdo e não, muitas vezes, pela baixaria da base do Governo, como foi hoje de manhã, aqui, pelo seu Líder, Paulo Odone. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PAULO ODONE (Requerimento): Sr. Presidente, eu quero que seja riscado dos Anais a expressão “baixaria da base do Governo do Sr. Ver. Paulo Odone”.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Eu vou pedir, Ver. Paulo Odone, os Anais, para ver se, efetivamente, o termo não se encarta dentro do razoável do debate parlamentar.

O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o PLCE n° 005/05.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, público presente e assistência da TVCâmara, estamos discutindo um Projeto que teve maioria na Comissão de Constituição e Justiça, mas isso não significa que estão sanados os problemas de legalidade e constitucionalidade do Projeto, pois ele afronta visceralmente a Carta Magna, que proíbe cumulatividade de salários, de vencimentos, isso está expresso. É evidente que há, na Comissão de Constituição e Justiça, uma maioria de seis contra um, de oposição. No entanto, isso não vai eliminar, não vai sanar o problema que vai ser levado, se aprovado o Projeto, à Justiça. Mas o lamentável é que o Governo que se elegeu dizendo que iria valorizar os funcionários, o Governo que se elegeu dizendo que iria prestigiar os funcionários municipais, que iria dar importância a eles, alegando que isso não era dado pela gestão da Frente Popular, agora está criando um verdadeiro “trenzinho da alegria”, atribuindo supersalários a quem já vem com um salário bastante recheado de outro órgão estadual ou federal ou de uma empresa. Isso está completamente errado, porque, além de ter sido dito que se iria valorizar o funcionalismo, o que se faz agora é um desrespeito total, atribui-se vantagens indevidas e inconstitucionais porque elas acumulam salários. E isso está vetado claramente pela Constituição. Mas o mais grave é que não reconhece a importância, a capacidade, a distinção e o empenho dos funcionários públicos municipais, porque tem que trazer funcionários da União e do Estado, talvez comprometidos com as eleições, comprometidos com os Partidos, e disseram que não iriam partidarizar o Governo. O que fazem é exatamente o oposto, aliás, o que tem faltado para este Governo, em todos os momentos, é coerência, é sustentar o discurso que fizeram durante a campanha, é sustentar as palavras, porque dizem uma coisa e fazem outra, no sentido oposto, na direção contrária.

E isso é muito grave, porque de um lado estão pedindo aqui, a todo momento, para aumentar tributos - foi assim com o IPTU, com a Contribuição de Iluminação Pública -, e de outro, gastam desnecessariamente, porque funcionários públicos eram cedidos, mas sem “trenzinho da alegria”! Funcionários públicos vinham de outros órgãos, mas vinham com o seu salário. Agora, além do seu salário, que muitas vezes é o dobro, inclusive, do que recebem na Prefeitura, vão receber mais um salário em nível de CC pleno, de nível superior. E a Vereadora Líder do Governo quer disfarçar com uma Emenda malfeita que fala em reduzir em 70% o valor dessa gratificação, que é o salário de uma CC, na proposta de Emenda, dela reduzida em 70%. Quer ela também noutra Emenda limitar a 15% o número de beneficiários desse “trenzinho”. Mesmo assim, esse número poderá chegar a 138, que são os vagões possíveis para esse trem!

E por isso nós não temos dúvida de que vamos votar contra. Vamos denunciar na sociedade porto-alegrense, vamos denunciar para todo funcionalismo público e vamos tomar as medidas judiciais cabíveis, porque, no nosso entendimento, é inequívoca a ilegalidade e inconstitucionalidade. E isso está manifestamente expresso pela posição da nossa douta Procuradoria da Casa que tem um Parecer sábio, que tem um Parecer qualificado, que tem um Parecer que não deixa dúvida da ofensa à Carta Magna pela proposta aqui apresentada pelo Governo.

Por isso nós votaremos contra e faremos, sim, toda a denúncia, faremos, sim, toda a disputa e faremos com que toda a sociedade saiba o que está acontecendo com aquilo que foi dito: que o servidor seria valorizado. É por isso que este Governo não funciona, porque as pessoas que faziam este Governo funcionar estão todas “escanteadas” enquanto se montam os “trenzinhos da alegria” para os amigos dos partidos que compõem a base do Governo. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Ervino Besson está com a palavra para discutir o PLCE nº 005/05.

 

O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente Ver. Elói Guimarães, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e pelo Canal 16 da TVCâmara, eu queria saudar a todos. Ver. Todeschini e Ver. Comassetto, mais uma vez eu digo desta tribuna que estão subestimando a inteligência do nosso povo. Ora, querer vir aqui nesta tribuna e dizer: “trenzinho da alegria”, “trenó da alegria”, “vagões da alegria”! Ora, é brincar com a verdade que está acontecendo neste País, meu caro Ver. Nilo. Só o Lula, agora, num “canetaço”, quer contratar quatro mil, quase cinco mil funcionários! Num “canetaço”! Cargos em Comissão! Isso não é brincar com a inteligência do nosso povo? É brincar com a inteligência do nosso povo. Nós não podemos chegar aqui e fazer esse tipo de discurso, me perdoem, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras. Querem condenar o Governo e não acompanhar o que acontece em nível nacional? Por favor, não vão brincar com a inteligência do nosso povo!

A Prefeitura desta Cidade em 2002, 2003 e 2004 deu prejuízo, porque o PT inchou a máquina administrativa. Vamos respeitar os colegas Vereadores desta Casa! Vamos nos respeitar, minha gente! Não podemos aceitar esse tipo de acusações nesta Casa! Eu não aceito! Se algum dos colegas Vereadores ou Vereadoras aceitam, eu não posso aceitar esse tipo de acusações. Sou da base do Governo e quero ser respeitado. E estou vendo aqui que hoje alguns Vereadores estão “trocando os pés pelas mãos”.

 

O Sr. Adeli Sell: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Concordo com V. Exª, temos de discutir a realidade como ela é, em cima dos fatos concretos. No caso do Governo Federal, eu que sou da base do Governo Federal, do PT, não concordo com os novecentos e poucos cargos de confiança. Na verdade são cinco mil e poucos cargos, mas quatro mil e poucos são providos por concurso público, então eu queria apenas fazer essa correção. Também digo a V. Exª que eu não concordo com mais CCs - nem no Estado, nem em nível Federal ou Municipal - porque eu acho que nós temos que utilizar cada vez mais o funcionário de carreira. Isso é uma concepção que eu tenho, então eu gostaria de dialogar com Vossa Excelência.

 

O SR. ERVINO BESSON: Eu concordo com o pronunciamento de V. Exª, mas falar aqui em “trenzinho da alegria”, “trenó”, “vagões da alegria”! Ora, convenhamos, minha gente! O Ver. Adeli acabou de concordar com este Vereador; apenas com um “canetaço” - está aí a imprensa escrita, falada e televisionada - o Presidente quer contratar mil e poucos cargos! Então, que chame os concursados!

 

O Sr. José Ismael Heinen: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Ervino Besson, quero dar os parabéns a V. Exª, porque é um abuso, realmente, os CCs – cargos de confiança – na esfera federal: quatro mil na Presidência da Republica, agora mais novecentos e não sei mais quantos não sei para quê. Enquanto esses Projetos salvam a constitucionalidade que nós estamos estudando, ele não tem essa conotação que está sendo dada, não tem. Porque será substituído um cargo de confiança que não é um funcionário da Prefeitura, mas estamos estudando esse caso. Teríamos que reduzir os cargos de confiança em 90% neste nosso Brasil e darmos oportunidade aos nossos filhos que estudam a se habilitarem a provas de concurso. Obrigado.

 

O SR. ERVINO BESSON: Sou grato a V. Exª, Ver. Ismael. E digo mais: os 497 Municípios que nós temos aqui no nosso Rio Grande não tem a quantidade de cargos que tem a estrutura do gabinete da Presidência da República. Isso não é brincar com a inteligência do povo? Vamos nos respeitar!

 

O Sr. Elias Vidal: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Ervino Besson, se não me falha a memória, agora, no início do ano, a Prefeitura de São Leopoldo recolocou, me parece, 150 cargos - saiu na imprensa - para acomodar companheiros do Partido dos Trabalhadores que perderam cargos em outras Prefeituras, e abriram de uma forma totalmente fora dos parâmetros da ética. Aqui em São Leopoldo, um Município próximo, vizinho!

 

O SR. ERVINO BESSON: Meu caro Vereador, quem governa a Prefeitura de São Leopoldo? É o PT. Então, gente, vamos nos respeitar! Sou grato, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. CARLOS TODESCHINI (Requerimento): Eu faço um Recurso, Sr. Presidente, com base no art. 36, que diz: “Compete à Comissão de Constituição e Justiça: I - examinar e emitir parecer sobre...; II – dar parecer sobre recurso contra decisão da Presidência”, na direção de pedir a suspensão da Sessão para que a Comissão de Constituição e Justiça examine a matéria. Portanto, estamos amparados na forma da Lei e estamos encaminhando, com este Requerimento, a solicitação de suspensão da Sessão para julgamento e análise deste Parecer.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Do Requerimento de V. Exª, Ver. Carlos Todeschini, quando recebi o recurso formulado, eu o fiz de forma devolutiva: o recurso vai ser examinado e não suspende o andamento dos trabalhos. Trata-se de um bis in idem o que V. Exª formula: é um requerimento em cima de um outro requerimento que já se processa. Logo, descabe absolutamente o Requerimento de Vossa Excelência.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, é que, por Questão de Ordem, o meu recurso deve ser julgado; senão, com a votação, ele será prejudicado. Então, quero fazer o registro. Estou afirmando porque, na forma do Regimento, eu tenho o direito a que a Comissão julgue o meu pedido.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Mas aí vem a questão do efeito. Se o Presidente, a Mesa, enfim, a Casa tivessem recebido o recurso de V. Exª com efeito suspensivo, mas não, recebe com efeito devolutivo. O recurso de V. Exª será examinado pela Comissão de Constituição e Justiça, será decidido no âmbito da Comissão de Justiça e virá ao Plenário para dizer, dar como última instância a palavra definitiva. Logo, trata-se de um bis in idem, de uma repetição de matéria já decidida.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, apenas quero ponderar – não sou da área e respeito muito os nossos doutos – que essa decisão torna inócua a remessa do processo à Comissão de Constituição e Justiça. De fato, V. Exª está, de pronto, dizendo não ao Requerimento do Ver. Todeschini, porque, uma vez votado o Projeto, não tem mais âmbito na Comissão de Constituição e Justiça da Casa que poderá reverter o ato de inconstitucionalidade. Então vai restar apenas a Justiça. Eu gostaria de ponderar que esta decisão prejudica, completamente, o Requerimento apresentado.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Eu recolho as manifestações de V. Exª, mas é uma decisão que eu tomo assentado, com base no entendimento do Regimento, é uma decisão definitiva. Evidentemente que pode ser alterada pela Comissão de Justiça e pelo Plenário no seu momento devido.

 

O SR. RAUL CARRION: Exmo Presidente, a questão do efeito suspensivo, ou não, independe, evidentemente, do mero arbítrio do Sr. Presidente, decorre de uma lógica. Qual é a lógica? Se for uma decisão que dela depende a votação e o resultado da votação, ela necessariamente tem que ter efeito suspensivo. E eu pergunto: se nós votarmos esta matéria, aprovarmos, por exemplo, este Projeto, e, posteriormente, a CCJ concordar que tem inconstitucionalidade – negará todo o processo! Então se configura uma situação em que o Presidente, para acautelar-se, necessita dar efeito suspensivo; não é por vontade ou não-vontade; é pelo quadro. Ou esse efeito suspensivo, antes que a votação se dê, garante a existência ou não de uma votação legítima ou nós teremos uma situação em que V. Exª dará a decisão sem efeito suspensivo, e aí eu pergunto: o que ocorrerá se votarmos o Projeto e depois a Comissão de Constituição e Justiça disser que é inconstitucional?

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Ver. Raul Carrion, os pressupostos da matéria, regidos pela fumaça do bom Direito, em nível de Procuradoria, vêm com um parecer prévio; quem dá o parecer, e não é definitivo, é a Comissão de Constituição e Justiça. Então, não se vislumbra, na questão material, a proclamada inconstitucionalidade manifesta.

 

O SR. RAUL CARRION: Mas aí é um prejulgamento.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Veja V. Exª que os elementos todos, carreados ao debate, não autorizam o Presidente, numa convocação extraordinária, que tem tempo determinado, é pro tempore, não autoriza a exatamente truncar o processo de decisão, sob pena dos prejuízos aí decorrentes. Então, eu acho que a lógica também socorre a decisão que proferimos sobre a matéria.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Requerimento): Nobre Vereador Presidente, eu vou fazer um Requerimento pedindo adiamento da discussão do PLCE nº 005/05 por duas Sessões. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Ver. João Antonio Dib, eu gostaria de examinar. Estamos em discussão; V. Exª, efetivamente, do ponto de vista regimental, tem assento para Requerimento. Eu preciso do Requerimento em mãos, por escrito, e vou submeter à deliberação do Plenário. (Pausa.) Estou recebendo o Requerimento de adiamento do Ver. João Antonio Dib.

A Verª Clênia Maranhão está com a palavra para discutir o PLCE nº 005/05, por transposição de tempo com os Vereadores Gerson Almeida e Sofia Cavedon.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Eu queria a atenção das Sras Vereadoras e dos Srs. Vereadores. Eu sei que já é quase noite. Nós estamos aqui desde manhã cedo, está todo mundo muito cansado, mas eu gostaria da atenção das Sras. Vereadoras e dos Srs. Vereadores para que nós focássemos exatamente o objeto de que trata o Projeto. Nós estamos discutindo, neste momento, um Projeto de Lei, que está nesta Casa, e trata de uma coisa muito concreta. Eu gostaria que os Vereadores pudessem acompanhar comigo este raciocínio, trata-se da inclusão § 3º do art. 68 do Estatuto do Funcionário Público do Município, é disso que trata o Projeto.

Eu queria lembrar aos Srs. Vereadores e às Sras. Vereadoras que, quando o SUS foi criado, ficou definido que quem era do SUS poderia vir de outro órgão e receber uma gratificação de função, isso está escrito no art. 68, inciso 2º do Estatuto do Funcionário Público. O que propõe este Projeto, esta Mensagem Retificativa e duas Emendas de minha autoria, que procuraram atender às demandas dos funcionários públicos do Município, trata-se do seguinte: pode-se dar uma gratificação especial para os funcionários efetivos do Município, Verª Sofia Cavedon, com a Emenda, pode-se dar gratificação especial para os funcionários efetivos do Município. E fizemos todo um estudo junto à Procuradoria jurídica para tentar incluir os celetistas. Há uma interpretação já antiga, da Procuradoria, não apenas deste Governo, uma posição da Procuradoria-Geral do Município, que compreende que não há condições legais de nós estendermos esse benefício aos celetistas.

O que é que nós fizemos no sentido de atender uma parcela maior dos funcionários do nosso Município? Pode-se então, com o Projeto, com a Emenda dar-se uma gratificação especial para os funcionários efetivos do Município e funcionários de outras esferas de Governos que tenham sido cedidos para o Município de Porto Alegre, com ônus para a origem. O que é que muda na Mensagem Retificativa? O valor da FG Especial equivalia ao valor integral do CC. Nós construímos uma Emenda a partir da demanda dos funcionários que nos procuraram, e com a Emenda, a de nº 4 do Projeto à Mensagem Retificativa, o valor da FG Especial fica limitado a 70% do valor da CC. Foi uma construção com os funcionários que procuraram a ampliação da aplicação do nosso Projeto. E mais, quando há conversão do CC em FG Especial, fica indisponível o CC correspondente, portanto não há ônus maior para o Município.

A Emenda nº 4 construída a partir do diálogo com os municipários fica limitada às FGs a apenas 15%, isto é, apenas 15% dos CCs podem ser convertidos em FGs Especiais, o contrário do que disse o Ver. Comassetto, talvez porque, tanto o Ver. Todeschini, quanto o Ver. Comassetto, não tenham ainda se apropriado suficientemente do conteúdo da Emenda nº 4, que foi uma Emenda construída pela Liderança do Governo José Fogaça para atender exatamente a essa demanda dos nossos municipários pelo respeito, pelo diálogo que nós temos sempre procurado estabelecer com os funcionários, com os municipários de Porto Alegre.

Já concluo, Sr. Presidente, dizendo que quanto aos celetistas, não se pode contemplá-los, porque a Procuradoria já tinha uma avaliação de longa data sobre essa impossibilidade jurídica de contemplá-los. É diferente de uma avaliação da Procuradoria do Governo do Estado. O Governo anterior, Vereadores que aqui me antecederam, Comassetto, Todeschini, já não permitia que se desse FGs para os celetistas. Os funcionários efetivos do quadro estão contemplados, porém, os celetistas, por uma questão legal, jurídica, não estão contemplados ainda nesse processo.

Queria dizer que isso não é uma decisão política, há um dispositivo na Constituição Federal, o art. 37, inciso XV, que proíbe isso. A Procuradoria do Município entende que a Constituição Federal é auto-aplicável nesta matéria. A Procuradoria do Estado tem um Parecer distinto, mas o que nós estamos tratando, neste momento, é de um dispositivo da Constituição, que não é auto-aplicável e que nunca foi, nem nos 16 anos do Governo anterior, nem nos Governos que antecederam esses 16 anos. Portanto, nós tivemos o cuidado de reduzir o número, reduzir o valor para que não houvesse disparidade e nem privilégio para os funcionários cedidos de outros órgãos de origem com pagamento das suas contas. Eu acho que essa construção das duas Emendas, que contemplam os funcionários estatutários do Município e essa delimitação da quantidade de 15%, é uma demonstração, mais uma vez, do diálogo que o Governo José Fogaça estabelece com a categoria dos funcionários.

E eu queria dizer para os celetistas que estão aqui presentes, que ainda não pude atendê-los, que continuamos com essa mesma disposição de prosseguir com diálogo com os celetistas, para que futuramente possamos criar, também, melhores condições em relação a esse segmento. Acho que é um avanço, é um Projeto absolutamente transparente e razoável, preocupado com o conjunto dos funcionários, e que, neste momento, atende efetivamente os funcionários estatutários, os municipários de Porto Alegre.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Antes de dar a palavra aos próximos oradores, vou indeferir o Requerimento do Ver. João Antonio Dib e, de pronto, sugerir-lhe que se valha do art. 171, parágrafo único (Lê.): “A discussão de proposição em regime de urgência só poderá ser adiada por uma Sessão”. Vossa Excelência transforma em uma Sessão? Transforma, portanto, o adiamento é por uma Sessão, Ver. João Antonio Dib.

Eu consultaria os Vereadores inscritos se podemos submeter agora a matéria?

Em votação o Requerimento de autoria do Ver. João Antonio Dib, que solicita o adiamento da discussão do PLCE nº 005/05 por uma Sessão. (Pausa.)

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, como V. Exª me informou que o Projeto estava em regime de urgência e não está, sob a égide do malfadado art. nº 81 da Lei Orgânica, estou solicitando que se mantenham as duas Sessões.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Sim, o art. 81, Ver. João Antonio Dib. Está no art. 81.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sim, e o art. 81 não é urgência, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Ah! Sim, tem razão Vossa Excelência. V. Exª tem razão. Foi falha nossa, mantenha-se o adiamento de duas Sessões.

A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. João Antonio Dib que solicita o adiamento da discussão do PLCE nº 005/05 por duas Sessões.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, é fato que a Verª Clênia tem feito um grande esforço e quero aqui elogiá-la no sentido do diálogo, para avançar com a sensibilidade de ouvir os funcionários. Mas há uma questão de fundo de origem nesse Projeto, Verª Clênia e Vereadores da base do Governo. Há vários elementos neste Projeto, Ver. Sebastião Melo, que são bastante temerários. O primeiro deles, já discutido aqui, a que eu quero me referir é sobre a inconstitucionalidade, e considero que a Casa fez um diálogo de surdos ao analisar - mesmo nesse tempo sumário, pelas Comissões por que passou - o Parecer da Procuradoria e Comissão de Constituição e Justiça, uma fala e um tema que levantam os problemas de inconstitucionalidade, e a Comissão de Constituição e Justiça nem dá conhecimento de elementos tão importantes que ela faz, e a Casa, de origem, de largada, comete o erro. Então, eu reitero que a responsabilidade, Ver. Ibsen, é da Comissão de Constituição e Justiça de permitir um erro desse tamanho, muito claro num Projeto que vai sobrepor salários. Esse é o primeiro tema. Parece-me que a suspensão e o adiamento permitem que nos debrucemos com mais consistência nisso.

O segundo tema é inédito para os Municipários. Os municipários vêm resistindo numa cultura de horizontalidade na sua matriz salarial, uma cultura importante que mantém uma relação de um para 10 entre o salário mais baixo e o mais alto da Prefeitura. Eu insisto neste tema, porque não há como, não há saída para o Estado do Rio Grande do Sul numa relação de um para 80, que é a diferença salarial entre os funcionários estaduais. De que maneira valoriza-se o salário de funcionário, se nós temos um abismo nessa diferença e, se é por Constituição, é necessário que se dê isonomicamente os reajustes, e por luta e reivindicação dos funcionários.

Parece que inaugurar essa nova prática, a prática de salários tão diferenciados não só cria um problema sério de relação entre os funcionários de uma mesma área de trabalho como inaugura um caminho sem volta, Ver. Sebenelo, que vai complicar demais os gestores públicos que, de fato, forem sérios e quiserem garantir bons salários e a valorização do funcionário também através de bons salários.

As Emendas construídas, e as duas por mim apresentadas, foram fruto de mobilização dos funcionários municipais, mas que, em primeiro lugar, não concordam com o conteúdo do Projeto. Votaram contra o Projeto, tanto na primeira como na segunda versão. São duas versões bem diferentes, e é importante que os Vereadores se debrucem nesse aspecto.

A primeira versão, antes da Mensagem Retificativa, Ver. Todeschini, apenas abria a possibilidade também nova, mas era uma possibilidade de investimento dessas FGs existentes, que são FGs modestas, a maior FG está perto de 500 reais, isso é importante também, é uma horizontalidade que valoriza a chefia, mas não diferencia seu salário dos demais salários.

O primeiro Projeto estendia essas FGs a funcionários cedidos, o que antes era uma exclusividade dos funcionários municipais.

Então, não dá para fazer o discurso “de que viemos para valorizar os funcionários municipais”, e o que era restrito, de valorização, porque uma FG indica uma chefia, indica uma responsabilidade, indica elevar o funcionário de carreira a uma responsabilidade sobre o seu grupo. É uma valorização muito importante que repercute em salário, e era exclusiva dos municipários. É exclusiva dos municipários.

Então, a primeira versão já rompia com essa importante conquista, a reserva dos municipários.

A segunda versão piora em muito, porque aí, sim, não só traz funcionários de outras esferas, como diz que as FGs dos funcionários municipais são muito baixas. Queremos, para as chefias, salários maiores.

Está bem, estamos tirando dos CCs; atenua. De fato, atenua. De fato, as Emendas, Verª Clênia, de 15% só dos CCs, atenuam; só 75% dos vencimentos, atenuam, mas isso não resolve esse problema de fundo, que é sobrepor salário, que é diferenciar salários muito para cima, que é desvalorizar o funcionário, atacar mais uma de suas conquistas.

Então, achamos muito prudente e necessário que a nossa Casa protele essa discussão para poder, com mais calma, conseqüência, sensibilizar o Governo e ouvir melhor os municipários. É esse o apelo, a intervenção que faço. Obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Raul Carrion está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. João Dib que solicita o adiamento da discussão do PLCE nº 005/05 por duas Sessões.

 

O SR. RAUL CARRION: Exmo Ver. Elói Guimarães, demais Vereadores, Vereadoras, todos que nos assistem, em primeiro lugar, eu queria parabenizar o Ver. Dib, porque acho que foi um pedido de adiamento justo, equilibrado, de quem está preocupado em preservar a Casa. Eu não vou discutir as intenções aqui. Alguns dizem que é “trenzinho da alegria”; outros que é “trenzão”; outros que é “trenó da alegria”; outros já dizem que é o “tobogã da alegria”, e não é isso que está em discussão, mas é uma preocupação, Ver. Goulart, que será o próximo Presidente, com o meu voto e com o voto de todos, de que esta Casa não pode votar algo que corre o risco de ser flagrantemente inconstitucional. Além de, no meu entender, no mérito, incorreto.

A alegação da Verª Clênia é que já existe a exceção para os trabalhadores do SUS. Ora, Vereadores, o SUS está excetuado na Constituição. Quando o art. 37, Ver. Elói, diz, no inciso XVI, alínea “c”, que é possível o acúmulo de dois cargos ou empregos privativos de profissionais da saúde, com profissões regulamentadas, abre a possibilidade da exceção. Mas os idealizadores desse Projeto, trenzinho ou trenzão, esqueceram de que o que vale para a saúde, está vedado para as outras situações. Então, houve um cochilo. Isso está claro.

Em segundo lugar, além dessa questão, que é a vedação constitucional, nós teríamos um outro problema. Nós teríamos funcionários municipais do Quadro recebendo o seu salário e, talvez, uma FG pequenina, na mesma função de um funcionário que não é da Prefeitura, que é do Governo Federal, que é do Governo Estadual, que estaria recebendo outro salário da sua origem e uma FG muito maior. Portanto, transgredindo, também, a chamada isonomia, que está garantida no art. 7.º da Constituição, no inciso 30. Então, nós já temos duas flagrantes inconstitucionalidades. Mas ainda temos outros problemas. Nós temos, no conteúdo, um grande desestímulo à carreira do Município, um desprestígio ao funcionário do Município. Por quê? Porque nós estaremos trazendo de fora gente que não conhece o terreno, que vem de outras esferas, comandando quem conhece e ganhando mais. Então, além de duas flagrantes inconstitucionalidades que não resistirão a qualquer ação no Judiciário, nós ainda estaremos errando, Ver. Ibsen, no conteúdo, ao desestimular a prata da Casa, ao desincentivar a prata da Casa; então, um outro equívoco.

Em quatro lugar, vejam bem, nós estaremos, na verdade, criando privilégios - faz as contas, aqui, o Ver. Todeschini -, para 138 funcionários que serão agraciados com o carrossel, o trenó, o tobogã, não importa, mas tendo um benefício inconstitucional e fechando o ano com uma má sinalização da nossa Casa. Nós sabemos que a população, Verª Maristela Meneghetti, cobra seriedade, honestidade, retidão dos homens públicos, e nós, a Câmara Municipal, estaríamos assinando embaixo de uma decisão equivocada.

Por isso, eu parabenizo, Ver. João Dib, a sua iniciativa; eu acho que ela ajuda o Governo, ajuda esta Casa, ajuda a Cidade de Porto Alegre e ajuda para que nós possamos construir uma solução mais adequada, melhor trabalhada e estudada. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento do Ver. João Antonio Dib que solicita o adiamento da discussão do PLCE n.º 005/05 por duas Sessões.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Ver. João Antonio Dib, autor do Requerimento de adiamento, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores, eu tinha um receio com relação a este Projeto, um receio que foi manifestado aqui, inclusive, se não me engano, pelo Ver. Todeschini, quando citou a inconstitucionalidade, que é exatamente a proibição constitucional de se acumularem cargos, a não ser aqueles já previstos pela Constituição. Mas, verificando melhor o Projeto, nós chegamos à conclusão, Ver. Todeschini, de que a correção que foi feita no texto, colocando apenas 70% do CC para que ela seja transformada em FG especial, tira, na verdade, a possibilidade de qualquer interpretação com relação à inconstitucionalidade. Ela deixa de ser inconstitucional a partir dessa modificação. Eu acho que o texto original realmente dava essa conotação perigosa para o ordenador de despesa de poder - o ordenador de despesa - realmente correr o risco de o Tribunal de Contas e depois outros Tribunais julgarem acumulação de dois cargos, no caso, por exemplo, de se julgar esta FG especial como também uma CC. Mas eu acho que a correção que foi feita no texto acaba, Ver. Presidente, deixando este Projeto, pelo menos no aspecto constitucional, em condições de ser analisado. Ver. Sebenelo, meu companheiro de Bancada, acho que devemos analisar se vai melhorar realmente a Administração com a aprovação deste Projeto ou não.

O Prefeito Fogaça mandou este Projeto para cá exatamente com o objetivo de que nós pudéssemos, dentro do Município, tanto na Câmara quanto no Executivo, ter oportunidade de contratarmos, quem sabe, uma melhor assessoria. E ela só pode ser contratada se, porventura, houver melhores recursos para serem pagos aos assessores que vierem a ocupar postos importantes no Município.

Inicialmente, aplaudi o Requerimento do Ver. João Dib, porque tinha dúvidas profundas a respeito do Projeto. Mas as dúvidas foram se desvanecendo. Acho que isso tudo é culpa - não é só nesta Administração que ocorreu isso, nas Administrações passadas também - desse acúmulo de Processos que são analisados de uma vez só quando vai se aproximando o final de ano. Então, a gente não consegue analisar todos os Projetos de uma vez só. Daqui a pouco erros são cometidos e surgem dúvidas a respeito daquilo que vai ser colocado em votação. O meu maior obstáculo para votar este Projeto era exatamente a dúvida que eu tinha com relação à sua constitucionalidade. Mas nós não podemos dizer que vai haver acúmulo de cargos se essa CC transformada em uma FG especial for significar 70% apenas daquela CC que lhe deu origem.

Eu acho que isso realmente tira qualquer configuração, qualquer possibilidade de se concluir que nós estamos aqui infringindo esse dispositivo constitucional. Por isso eu vou fazer uma das coisas que raramente eu fiz aqui neste Plenário; raramente eu votei contra um pedido de adiamento, principalmente formulado por uma pessoa tão consciente dos seus deveres como é o caso do Ver. João Dib. Mas, neste caso, eu vou me atrever a votar contrário a este pedido de adiamento porque acredito que vencemos, pelo menos na minha concepção, na minha avaliação, o primeiro obstáculo, que é exatamente, Ver. Sebastião Melo - e V. Exª também trouxe essas dúvidas aqui para este Plenário -, nós sabermos se realmente estávamos laborando num terreno de inconstitucionalidade ou não, mas acho que isso está vencido, e o restante é exatamente darmos ao Administrador as armas que ele acredita e precisa ter para melhorar a qualidade da sua assessoria.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação nominal, solicitada por esta Presidência, o Requerimento de autoria do Ver. João Antonio Dib que solicita adiamento da discussão do PLCE n.º 005/05 por duas Sessões. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 17 votos SIM e 11 votos NÃO. Portanto, está adiada a discussão, por duas Sessões, do PLCE n.º 005/05.

Apregoamos Emenda nº 01 à Mensagem Retificativa ao PLCE nº 013/05, de autoria da Verª Sofia Cavedon; Emenda nº 02 à Mensagem Retificativa ao PLCE nº 013/05, de autoria da Verª Sofia Cavedon; Emenda nº 03 à Mensagem Retificativa ao PLCE nº 013/05 de autoria da Verª Sofia Cavedon; Emenda nº 04 à Mensagem Retificativa ao PLCE nº 013/05, de autoria da Verª Clênia Maranhão; Emenda nº 05 à Mensagem Retificativa ao PLCE nº 013/05, de autoria do Ver. João Antonio Dib e Mônica Leal; Emenda nº 06 à Mensagem Retificativa ao PLCE nº 013/05, de autoria da Verª Sofia Cavedon.

Em votação Requerimento de autoria da Verª Clênia Maranhão, que solicita dispensa do envio das Emendas nºs. 01, 02, 03, 04, 05 e 06 ao PLCE 013/05 à apreciação das Comissões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 6944/05 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N. 013/05, que dispõe sobre a Aprovação e Licenciamento de Projetos Arquitetônicos, para construção e/ou reciclagem de prédios para Escolas de Educação Infantil e Instituições de Educação Infantil, modificando a Lei Complementar n. 284, de 29 de dezembro de 1992, e a Lei Complementar n. 434, de 1º de dezembro de 1992. Com Mensagem Retificativa. Urgência.

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ, CEFOR, CUTHAB, CECE, CEDECONDH, e COSMAM. Relator-Geral Ver. Paulo Odone: pela  aprovação do Projeto e da Mensagem Retificativa .

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82,   § 1º, I, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia em 16-12-05.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em discussão o PLCE n.º 013/05. O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir.

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, nós gostaríamos que esse Projeto tivesse um comportamento semelhante àquele que todos nós tivemos com o Projeto do camelódromo, uma construção coletiva. Ainda as Vereadoras Sofia Cavedon e Clênia Maranhão discutem algumas Emendas que tentam fazer as amarrações necessárias ao Projeto de Lei.

Esse Projeto é uma boa iniciativa do Governo, em especial da Secretaria de Educação, porque dialogou com algumas outras Secretarias em cima das profundas dificuldades para que aprovemos alguns Projetos de creches, escolas infantis, sejam elas comunitárias ou até mesmo de iniciativa privada, particularmente na periferia da Cidade. Nós não queremos, Ver. Dib, de um lado, creches penduradas em barrancos, em condições insalubres, Verª Mônica, mas também nós não queremos que não surjam creches com um potencial, talvez, menor sob o ponto de vista da estética, mas que sejam compatíveis com a dignidade de nossas crianças. Eu espero que as Emendas e a discussão, Ver. Sebastião Melo, nos levem a um ponto de encontro, de convergência, para que nós possamos, por unanimidade, aprovar este Projeto de Lei, porque ele será muito importante, a partir de agora, para que nós possamos aprovar projetos e garantir creches dentro de determinados padrões aceitáveis e que não coloquem em risco as nossas crianças, muito menos a saúde e a segurança delas. Então, nós estamos com esse intuito, há dias, discutindo entre Governo e Parlamentares que têm atuação na área, para elaboração de Emendas, retirada de Emendas, mudança de Emendas, para que possamos chegar a um denominador comum.

Nós já dissemos, em outra feita, que apenas lastimávamos que o Projeto tivesse chegado na undécima hora. Mas nem tudo que almejamos nos prazos é possível ser conseguido. Na Comissão de Educação, Cultura e Esportes, sabe muito bem a Verª Neuza Canabarro o esforço que nós fizemos este ano para tratar dos temas da dura realidade da educação infantil. Nós nos deparamos com creches comunitárias totalmente fora dos padrões aceitáveis: na construção, no trato com as crianças, na alimentação e, inclusive – o pior de tudo, talvez, porque se trata de dinheiro público -, na prestação de contas.

Agora nós queremos avançar, nós estamos trabalhando nesse sentido. E por isso que nós vamos fazer esse esforço final, e eu espero que as partes que estão em negociação se apressem para que, antes das 19 horas, possamos votar esse Projeto de Lei, esperando que não sirva de palco de disputas desnecessárias naquilo que não é a essencialidade do Projeto, que é a facilitação da aprovação dos projetos, a imediata construção de novas creches, o restauro de creches, enfim, as readequações, as reequipagens desses equipamentos que temos na Cidade, muitas vezes, em condições não muito adequadas. Assim, eu quero aqui registrar o empenho que todos nós fizemos – vários Vereadores – para que nós pudéssemos, nesta hora, aprovar um Projeto que será muito importante para a nossa Cidade.

Então, eu chamo a atenção para o voto de todas e de todos os Vereadores para este Projeto. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir o PLCE nº 013/05.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; prezadas colegas Vereadoras, prezados colegas Vereadores, público que nos assiste, eu quero dialogar, aqui, com todos os que estão nos ouvindo, principalmente com os engenheiros e arquitetos desta Cidade - e, aqui, eu faço uma menção especial aos meus colegas engenheiros, Vers. Carlos Todeschini e João Antonio Dib.

O que nós estamos votando, hoje, aqui, é um voto político em nome da Educação, Ver. João Antonio Dib, porque se fosse para defendermos a questão da qualidade da Engenharia, da qualidade da Arquitetura, ou defender os processos municipais, nós teríamos que votar contra este Projeto. Justifico por que estou fazendo, aqui, essa afirmação. Ver. João Antonio Dib, V. Exª, como engenheiro, sabe que o problema que há na Administração - no que diz respeito à aprovação de projetos arquitetônicos e de Estudo de Viabilidade Urbanística - é a falta de critérios e a morosidade dos projetos que lá entram para serem aprovados. E, diga-se de passagem, Verª Neuza, a aprovação dos projetos, na Prefeitura Municipal de Porto Alegre, não melhorou em nada; pelo contrário, os trâmites de aprovação de projetos, na estrutura pública municipal, pioraram, Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães. E eu dizia, aqui, que, se nós fôssemos levar ao pé da letra a questão legal da engenharia e da arquitetura, nós teríamos que votar contra este Projeto. Mas, em nome da Educação, nós votaremos a favor dele.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Comassetto, eu gostaria de dizer a V. Exª que os últimos dois Decretos do Sr. Prefeito simplificaram a aprovação de projetos, e eu acho que eles serão resolvidos com muito mais celeridade, o que não deixa de ser satisfatório.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Esperamos que sim. Inclusive, estamos trabalhando pesado. Neste ano, nós trabalhamos na CUTHAB com os Projetos de Habitação Popular que entram na Prefeitura, lá no DEMHAB e na SMOV, e acabam levando dois, três, quatro anos, perdem os recursos públicos existentes, porque não são aprovados na estrutura do licenciamento de projetos urbanísticos e arquitetônicos. E quero dizer mais, quero dizer à Líder Clênia Maranhão e ao Líder Paulo Odone que o Projeto do Hospital da Restinga entrou, este ano, na SMOV, para a sua aprovação arquitetônica e terminou o ano no mesmo local, não andou dentro do Poder Público Municipal.

Portanto, nós aqui acordamos simplificar e flexibilizar o trâmite dos projetos de arquitetura e urbanismo e o Estudo de Viabilidade Urbanística, para que as escolas possam ser construídas com mais rapidez. Volto a dizer: estamos fazendo isso, Verª Maria Celeste, em nome da Educação e não podemos aceitar a estrutura que há lá, na Secretaria de Obras e Viação. O Secretário Carpes veio aqui, na semana passada e, em vez de trazer explicações, veio fazer crítica à nossa Bancada de oposição, do PT, do PCdoB, do PSB.

Nós queremos que a estrutura dos Estudos de Viabilidade Urbanística funcione, que a Secretaria Municipal do Planejamento, com o Secretário Isaac Ainhorn, funcione. O Projeto que aprovamos, que ficou pronto, chamado Urbanizador Social, e todos os Projetos que estavam já credenciados em janeiro, nenhum deles foi aprovado, e hoje nós estamos no pré-Natal.

Por isso, este voto é um voto em nome da Educação. Ao mesmo tempo, fazemos este registro, porque, no próximo ano, não haverá “caldo de galinha”. Se as coisas não forem corrigidas, se as incompetências administrativas continuarem, a posição vai ser muito clara: quem veio para melhorar, como dizia no seu discurso, na prática, está tendo um único encaminhamento, a máquina não está andando, está emperrada, e os processos estão piorando. A aprovação dos projetos urbanísticos, que são necessários para a Cidade, os estudos de EVU estão num processo muito mais demorado.

Para concluir, o voto deste Vereador e da Bancada do PT é em nome da qualificação da Educação. Queremos registrar isso para não dizer que estamos sendo incoerentes, porque, como engenheiros e arquitetos, não podemos aceitar que os Projetos não sejam aprovados na íntegra. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para discutir o PLCE n.º 013/05.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, especialmente o meu pronunciamento é dirigido à Bancada do Partido dos Trabalhadores, como quase sempre faço. Qualquer Projeto que o Governo trouxer para cá não presta. Se quiser corrigir problemas de transferência e de instrução de recursos humanos de uma instituição para outra, certamente a Bancada do Partido dos Trabalhadores fará exatamente o que fez: “Não, isso é trenzinho da alegria, é o trenó do Papai Noel”. Ora, foram tantas as expressões, tão veementes, mas há um limite. E eu gosto muito de uma frase da Verª Manuela d'Ávila: “O limite da estética é a própria estética”. Chega um momento em que o protesto passa a ser ridículo, e a “ridicularia” se faz quando a fábula de Esopo, da Raposa e das Uvas, mostra-nos que essas uvas estão tão verdes que nem os cães as podem tragar. Porque é dos outros. E tudo o que é dos outros não presta. Só presta o que tinha iniciativa do Partido dos Trabalhadores.

E essa idéia de exercício do poder só pelo lado negativo, em que todas as iniciativas do Governo são erradas, são viciadas, são desonestas, são corruptas... Mas, por favor! Esse cacoete pelo menos poderia ser um pouco mais respeitoso, não por uma questão de respeito entre os Partidos, não pelas questões de respeito entre oposição e Governo, mas por respeito à inteligência das outras pessoas.

Hoje pela manhã se fez um trabalho imenso em cima do nada. A demonstração do que é não fazer absolutamente nada é um Vereador chegar 23 vezes na tribuna, encaminhar as suas Emendas, e todas as Emendas serem rechaçadas. O que quer dizer isso? Que chega num limite em que cabe apenas a negociação e não mais a intransigência, e não mais a incompreensão. É por isso que hoje, neste debate que estamos fazendo aqui, fica muito difícil mostrar à oposição, ao Partido dos Trabalhadores, que este Projeto quer, de todas as maneiras, estabelecer as questões das creches e as suas exigências arquitetônicas mínimas para o conforto das crianças. Qualquer coisa que se fizer nesse sentido, está errado; mas se fosse o Partido dos Trabalhadores, aí estava bom, estava ótimo! Qualquer regularização do processo de cedência de funcionários, criando estímulos mínimos para que possamos trazer qualidade aqui para a Câmara, é “trenzinho da alegria”. Agora, eles podem colocar cinco mil novas funções, fazer um “trenzinho da alegria”, e não dizem nada. Ora! São as últimas autoridades que poderiam fazer esse tipo de reclamação, esse tipo de ponderação. Perderam a autoridade de fazer essa crítica.

Então, acho que, neste momento, pensando nas nossas crianças e pensando na urgente necessidade de creches, Ver. Comassetto, porque a creche é a prevenção da criminalidade, essa questão é fundamental. É necessário viabilizar a construção de creches.

Por falar nisso, uma creche, agora, aqui na saída de Porto Alegre, depois de ser programada por 20 anos e ter passado três ou quatro vezes pelo Orçamento Participativo e aprovada, a Construtora Arca fez a creche em seis meses. Está pronta, está funcionando – graças a Deus –, depois dos 16 anos de espera no Orçamento Participativo, foi aprovada, Sr. Presidente! Foi aprovada pelo Orçamento Participativo e não foi construída! Em seis meses, uma empresa privada fez a creche, e, graças a Deus, está funcionando. É isso que estamos clamando, é isso que estamos pedindo, a imediata formação de novas creches, com critérios, com arquitetura, com exigências mínimas no sentido de salvar as nossas crianças e prevenir a criminalidade.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Ervino Besson está com a palavra para discutir o PLCE nº 013/05.

 

O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, discute-se aqui da tribuna que, na nossa Porto Alegre, existem mais de 80 mil edificações irregulares por causa da burocracia. São obras clandestinas, construções sem a devida liberação pelos órgãos públicos, prédios sem alvarás, essa parafernália de problemas que nós acompanhamos na nossa Cidade. E, quando o Prefeito manda um Projeto aqui para esta Casa simplificando, para que o Projeto tenha condições de ser aproveitado de uma forma mais rápida e ampla para as nossas crianças, será, meu caro Ver. Brasinha, que alguém tem coragem de votar contra esse Projeto? Eu não acredito. Porque todos nós, Vereadores e Vereadoras, estamos aqui defendendo - pelo menos os Vereadores da base do Governo - uma ampla integração entre as Secretarias, para que os Projetos andem, para que a Cidade se desenvolva de uma forma organizada, tranqüila. E, quando o Prefeito manda um Projeto que vai beneficiar milhares de crianças, parece que alguns Vereadores não concordam com esse Projeto do Prefeito. Então vamos ver na hora da votação; o povo vai saber julgar.

Foi dito há pouco, aqui nesta tribuna, Ver. Todeschini, que algumas promessas não foram cumpridas. Eu e o Ver. Dr. Goulart - futuro Presidente desta Casa -, no período de campanha, estivemos na Restinga, quando, com a presença do Ministro da Saúde, Humberto Costa, muita gente esteve lá naquele dia, houve uma festa e foi lançada a pedra fundamental para a construção do hospital, inclusive dito pelo Ministro ao Ver. Dr. Goulart - como eu disse, futuro Presidente desta Casa - que já tinha o dinheiro para dar início às obras do hospital. Foi só no discurso...

 

(Aparte anti-regimental.)

 

O SR. ERVINO BESSON: Mas vamos, vamos... Como eu já disse - pôxa vida! -, eu e o Ver. Dr. Goulart estivemos lá! Só discurso de campanha, gente! Mais nada! Mais nada! Ora, não vamos brincar com a inteligência do povo! Eu já disse hoje e repito pela terceira ou quarta vez: não vamos brincar com a inteligência do nosso povo, não vamos subestimar a inteligência do nosso povo!

Mas eu quero aproveitar, meus caros colegas Vereadores e Vereadoras, este minuto e meio que me falta para desejar a todos os colegas Vereadores, às colegas Vereadoras, juntamente com seus familiares, aos funcionários desta Casa, desde aquele que ocupa o mais alto posto funcional até aquele funcionário mais simples desta Casa; aos nossos jornalistas, aos nossos fotógrafos, à nossa querida equipe da TVCâmara, um Natal com muita paz, muita saúde, e que Deus nos proteja para que nós possamos, no próximo ano, estar juntos, aqui, com a consciência tranqüila, com o dever cumprido, para que nós possamos, sim, fazer um trabalho de honestidade, de transparência porque é isso que a nossa Cidade espera dos seus legítimos representantes, nós, que fomos eleitos para representar o povo da nossa Porto Alegre. Muito obrigado, Sr. Presidente.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Maria Celeste está com a palavra para discutir o PLCE nº 013/05.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, penso que discutir o Projeto e tentar aprimorá-lo com Emenda significa a contribuição do Legislativo com o Executivo. De forma alguma essa contribuição pode ser vista como simplesmente uma oposição àquilo que o Executivo pensa e elabora. Acho que este é o papel central do Legislativo da nossa Cidade, Ver. Ervino Besson! Discordar do pensamento é salutar para a democracia e, sobretudo, para matérias com a relevância e importância desta, que se refere à regulamentação das creches, não só das creches comunitárias, mas, sobretudo, da escola infantil no Município, da Educação Infantil no Município, é salutar, e é disso que se trata quando nós estamos aqui, já numa Sessão Extraordinária, às 19 horas. Acho que - recebemos agora algumas Emendas, Mensagem Retificativa - a complexidade do Projeto é tamanha que somente agora nós estamos recebendo algumas Emendas, e verifico também que a mobilização do Plenário é em função de que haja uma nova rodada de Emendas, enfim, adequação ao Projeto. Acho que esse é o papel do Legislador da cidade de Porto Alegre.

Queria comentar a respeito das Emendas, e a nossa Bancada apresentou duas Emendas, a Frente Popular também encaminhou outras Emendas, a Verª Manuela, o Ver. Raul Carrion, a Verª Maristela Maffei, encaminharam Emendas que vão, de fato, ao encontro do que diz uma legislação específica na proteção da infância no nosso Município. Então, é com este teor, com esta importância, que nós estamos aqui discutindo e aprimorando o Projeto que vem do Executivo. Não dá para achar que o Projeto que vem do Executivo é o melhor, tanto não dá para achar que nós fizemos várias discussões, em vários projetos fizemos emendas, e tivemos também a coragem e a ousadia de votar pela retirada de um deles, que foi a questão das FGs do Município. Então nós estamos aqui para defender a Emenda nº 01 da Mensagem Retificativa, que fala a respeito da dispensa do Estudo de Viabilidade Urbanística, de acordo com o anexo, às atividades de instituições de Educação Infantil comunitárias e beneficentes de assistência social, de caráter comunitário, ambas sem fins lucrativos e filantrópicas, atualmente denominadas escolas de Educação Infantil ou instituições de Educação Infantil. Essa Emenda é fundamental, porque nós não podemos tratar todas as creches comunitárias, as entidades filantrópicas do Município, da mesma forma com que tratamos as escolas particulares na área da Educação Infantil. É disso que se trata – tratar os diferentes na sua peculiaridade, trazendo à luz a proteção da infância. Por isso que nós tomamos o cuidado de avaliar o Projeto, de verificar o Projeto, e apresentamos esta Emenda.

Também, a segunda Emenda apresentada às edificações destinadas a abrigar escolas, instituições de educação infantil comunitárias e beneficentes e assistência social, de caráter comunitária, ambas sem fins lucrativos e filantrópicas, deverão atender ao programa mínimo de exigências - significa que se trata da Educação Infantil como um todo, na Cidade, com programas, com exigências mínimas para todas as instituições, levando em conta, sobretudo, a peculiaridade de que as entidades filantrópicas, as creches comunitárias, as associações de moradores que trabalham com esse tipo de público têm de ter um tratamento diferenciado com relação às escolas particulares. Também algumas adequações que foram feitas em nível de instalação de chuveiros, adequações de espaços físicos para que de fato as crianças possam ser cuidadas como devem ser na prática e muitas vezes não se vê, tanto nas escolas particulares, quanto nas creches comunitárias. Elas vêm trazer um teor que contribui com o Projeto, diferente de algumas falas que nós presenciamos aqui, de que a oposição só faz emenda para incomodar, para atrapalhar, para ficar discutindo. Não é com essa intenção, não é com esse objetivo que nós nos propomos a estudar os projetos e, sempre que possível, contribuir com emendas que vão resgatar a história de muitas lutas da Cidade, sobretudo nesse projeto específico, a luta de crianças e adolescentes, a proteção da infância no Município de Porto Alegre. Obrigada, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Manuela d’Ávila está com a palavra para discutir o PLCE nº 013/05.

 

A SRA. MANUELA D’ÁVILA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, em função de ainda estarmos fechando algumas emendas que serão consensualizadas aqui neste plenário, inscrevi-me para debater, embora ache que já tenhamos bastante acúmulo no debate sobre a Educação Infantil.

Nós podemos observar que, ao longo deste ano, em diversos momentos, o tema da Educação Infantil tomou conta do cenário político do nosso País. Quando fomos discutir o Fundeb, a principal Emenda apresentada e debatida, Verª Maria Celeste, foi justamente a ausência da Educação Infantil estar contemplada nesse Fundo que irá revolucionar o sistema de apoio financeiro à rede do Ensino Infantil, Fundamental e Médio por quê? Porque as mães do movimento comunitário... Os Parlamentares de Brasília muito se movimentaram para incluir na Educação Infantil um fundo de financiamento, que se está consolidando, o Fundeb. Assim como nas Comissões aqui na Casa, seja na Comissão de Educação e Cultura, da qual participei, e tenho convicção de que na Comissão de Direitos Humanos uma das pautas permanentes durante o ano inteiro foi justamente a falta de construção de novas creches, a ausência de espaço físico nas creches que já existiam. As mães, os pais, as próprias meninas grávidas vieram inúmeras vezes a esta Câmara para mostrar que a situação da Educação Infantil no nosso Município não está resolvida, aliás, que ainda falta muito para estar resolvida. Portanto, vem daí a importância de debatermos no último dia, Ver. Nereu, nesse que vem ao longo de muitas horas se consolidando como o último dia de sessão plenária deste ano, a questão das creches mesmo após as 19 horas. Nós sabemos que a flexibilização na construção das escolas de Educação Infantil, Ver. Adeli, é fundamental para que essas escolas existam. Mas essas emendas que vem sendo costuradas, e que têm, inclusive, demonstrado, em alguma dimensão, um esforço do Governo, um esforço da oposição em construir, coletivamente, o consenso, a unidade, essa flexibilização não pode se consolidar como algo que desregulamenta, como algo que desqualifica a rede de Educação Infantil no nosso Município. Ali, quando “costuramos” essas Emendas, estamos justamente trabalhando com esta preocupação; não é porque estamos tratando de creches comunitárias, de creches conveniadas, de creches públicas ou filantrópicas que podemos achar que essas crianças devem conviver com edificações que sejam ao lado, parte de residências. Não. Uma escola de Educação Infantil, deve continuar sendo uma escola de Educação Infantil; é óbvio, temos que simplificar as exigências, mas não podemos perder de vista, em nenhum momento, que todas as crianças do nosso Município têm, sim, o direito de estar numa escola de Educação Infantil com qualidade. O que vejo aqui é que a necessidade, a urgência talvez, a vontade política do Governo de corrigir essa questão, fez com que esse Projeto chegasse a esta Câmara um pouco atrapalhado, flexibilizando demais, fazendo com que as escolas pudessem existir de qualquer maneira, de qualquer jeito. Porém a área da Secretaria de Educação, que trabalha com a Educação Infantil e que esteve presente em todas essas audiências públicas que trataram da ausência de construção de creches ao longo desse ano, estiveram aqui e tenho a convicção de que se sensibilizaram para flexibilizar no limite daquilo que á aceitável, e mais, fazendo aquilo que é necessário, mas não perdendo de vista que nós devemos lutar para que a rede de Educação Infantil se mantenha com qualidade e atenda essas crianças, toda e qualquer criança de qualquer faixa econômica e da mesma maneira, ou seja, com banheiro decente, com sala de aula que é sala de aula, que não é quarto da casa do lado, com sala de brincar que é sala de brincar, não é cozinha da casa do lado, com cozinha que seja específica para alimentação dessas crianças. Portanto, construindo o consenso nas Emendas que achamos imprescindíveis para flexibilizar com qualidade, a nossa Bancada, do PCdoB, é favorável a este Projeto por entender que o tema da Educação Infantil, ainda mais no momento em que os Estados se desresponsabilizam quase que plenamente com relação ao Ensino Médio, e os Municípios acabam tendo que investir em larga medida nesse setor, assim que consensualizarmos essas Emendas, a nossa Bancada é favorável à flexibilização da construção de novas escolas de Educação Infantil. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Apregoamos a Emenda nº 07, de autoria da Verª Clênia Maranhão, à Mensagem Retificativa (Lê.): Acrescenta parágrafo ao art. 12º, proposto pela Mensagem Retificativa. Parágrafo - Na hipótese de abertura de novas instituições infantis, que funcionarão em prédios a serem reciclados, verificando-se a inviabilidade de atendimento nos padrões previstos no PDDUA e Código de Edificações, aplicam-se estes critérios”.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON (Requerimento): Sr. Presidente, requeiro que as Emendas sejam votadas em bloco, mas destacado o bloco para um encaminhamento. Sugiro isso. Pode ser?

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Mas nós não podemos destacar.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Não há mais prazo para destacar?

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Votamos em bloco.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Presidente, não pode haver um encaminhamento coletivo das Emendas? Isso pode.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Sim, junto com o Projeto.

Submeto a deliberação do Plenário à votação em bloco das Emendas ao PLE nº 013/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO o Requerimento.

Em votação o PLCE nº 013/05. A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, Verª Clênia, Beatriz Kulich que acompanha pela SMED, e nobres Vereadores, faço um encaminhamento rápido, porque estou bastante tomada de emoção, porque este é um Projeto muito importante, para quem viveu todo o processo de transferência de constituição de Educação Infantil e transferência da área de assistência da saúde para a educação, para quem viveu o processo duro de construção da norma da Educação Infantil em Porto Alegre pelo nosso sistema, uma norma que teve a sensibilidade de fazer a leitura da Educação Infantil existente, mas estabeleceu o ideal, o que queremos para as nossas creches comunitárias, para as nossas instituições de Educação Infantil, apontando que temos que perseguir o melhor espaço possível, o melhor atendimento possível, a melhor qualificação possível dos profissionais. É um momento emocionante, e nós tivemos dificuldade para construir um formato final, mas eu acho que chegamos a um acordo importante.

Nós estamos mantendo um ideal de espaço de sala, de número de banheiros, de presença de luz solar e de chuveiros, mas estamos agilizando a concessão, a regularização das creches, estamos flexibilizando nas situações em que é impossível atender esses critérios que são desejados para o atendimento da criança de zero a seis anos. Eu quero aqui louvar a iniciativa do Governo, eu sei que é resultado da luta das creches comunitárias, do Fórum das Entidades e quero aqui também louvar sua sensibilidade, Verª Clênia, da Bancada, para acolher Emendas que, na minha concepção e da minha Bancada, melhoraram bastante o Projeto, porque nós não perdemos a perspectiva do ideal, nós vamos cobrar o ideal de construções novas, privadas ou públicas, porque vem agora o Fundeb, e nós esperamos que comecem a ter um crescimento da rede própria pública e ao mesmo tempo desburocratizamos para regularizar o funcionamento de tantas creches que hoje, mesmo privadas, têm espaço mas não conseguem se adequar ao código de edificações.

Acho que é uma bela vitória, espero que o Governo respalde este Projeto que agora votamos com as Emendas. Ganha a Educação Infantil e ganha esta Cidade que vem fazendo grandes exercícios, que é exercício diferente de outras esferas, de procurar melhorar e qualificando o que existe e não perdendo a perspectiva do ideal, mas sabendo flexibilizar e respeitando profundamente as nossas crianças. Obrigada.

 

(Não revisada pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Clênia Maranhão está com a palavra para encaminhar a votação do PLCE nº 013/05.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, já é noite e vou fazer um encaminhamento rápido, mas achei que não poderia deixar passar momento tão importante, tão significativo desta Casa, quando logo mais aprovaremos uma lei que vai flexibilizar e permitir a ampliação da rede de creches no nosso Município.

Nós sabemos que uma das questões mais cruciais, um dos dramas mais importantes que enfrentam os educadores e as crianças é o reduzidíssimo número de creches, de instituições para as crianças de zero a seis anos.

Acho que vivemos um momento importante, tivemos uma enorme discussão na construção de Emendas apresentadas por vários Vereadores, vários educadores que são Vereadores nesta Casa, e acho que houve uma enorme disponibilidade do conjunto das Bancadas, da Verª Sofia, Prof. Garcia, Ver. Adeli Sell, e tantos outros, para que fôssemos, no processo, acrescentando as emendas que viessem a qualificar, cada vez mais, o nosso Projeto.

Acho que o Projeto que trata da questão das creches merece uma atenção especial desta Casa.

Este é o último Projeto do ano de 2005. Fechamos com chave de ouro o nosso trabalho, construindo de maneira unitária a aprovação de uma lei que vai permitir a flexibilização, a ampliação e o crescimento com qualidade pedagógica, com qualidade técnica, mas vai permitir a ampliação do número de creches no nosso Município.

É uma luta antiga dos trabalhadores sociais, dos trabalhadores da área da educação, e, portanto, acho que encerramos o nosso ano de parabéns por esta Casa ter trabalhado o dia inteiro, até à noite, para cumprirmos a nossa pauta.

Queria agradecer a todos os Vereadores, Vereadoras, que compartilharam dos debates para fazer com que este Projeto fosse mais aprimorado e mais adequado ao nosso Município. Obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação o PLCE nº 013/05, com ressalva da Mensagem Retificativa e das Emendas. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 28 votos SIM.

 

Em votação a Mensagem Retificativa ao PLCE nº 013/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

Em votação o bloco das Emendas de nº 02, nº 03, nº 04, nº 05, nº 06 e nº 07 à Mensagem Retificativa ao PLCE nº 013/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o bloco das Emendas permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO o presente bloco de Emendas.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, eu penso que interpreto a vontade de uma boa parte dos Srs. Vereadores. Eu pediria que a eleição e posse do novo Presidente se faça no dia 02/01/06, às 14h30min. Eu acho que é para a totalidade, Sr. Presidente. E eu sei da boa vontade de V. Exª, portanto, já agradeço, desejando um Feliz Natal para todos e um Ano Novo melhor. Saúde e PAZ!

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Antes de encerrarmos a presente Sessão Extraordinária, convocamos os Srs. Vereadores para a Comissão Representativa da próxima quinta-feira, de amanhã. Evidentemente, na semana que vem, às quartas-feiras e quintas-feiras.

Ouvindo o Dr. Goulart, nós vamos convocar os Srs. Vereadores para o dia 02 de janeiro, às 14 horas, para a renúncia deste Presidente, bem como para a posse do eminente Ver. Dr. Goulart, bem como dos demais integrantes da Mesa. Nós teremos, também, eleição da Comissão Representativa para o ano de 2006, eleição das Presidências das respectivas Comissões.

Portanto nós estamos encerrando a presente Sessão Extraordinária. Nós estávamos convocados, convidados por dois dias, que venceria até amanhã, mas como se exauriu o material, a pauta, nós estamos encerrando a presente convocação extraordinária.

Queremos saudar, agradecer aos Vereadores e Vereadoras, queremos agradecer aos funcionários dos diferentes setores da Casa, agradecer aos jornalistas, enfim, agradecer a todas as pessoas, aos que comparecem à Casa, que acompanham os debates da Casa, desejando a todos um Feliz Natal, muitas felicidades e que o Ano Novo seja de alegrias, de realizações.

Portanto, dito isso, com os agradecimentos aos senhores e às senhoras, aos senhores telespectadores, que nos honram com suas audiências, queremos, em nome da Casa, dos funcionários, dos 36 Vereadores, agradecer aos telespectadores e telespectadoras que nos honraram com suas audiências no presente ano. Com estas palavras e os agradecimentos todos já feitos, encerramos a presente Sessão, convidando para a Sessão Representativa de amanhã e na próxima semana. Muito obrigado.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 19h22min.)

 

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